Segunda 29 de Abril de 2024

Nacional

Se a tarifa aumentar, a cidade vai parar!

10 Dec 2006   |   comentários

O governo do estado e a prefeitura anunciaram para esta quinta (30/11) reajustes nas tarifas de ónibus, metró e trem. O transporte público, que é uma necessidade dos jovens e trabalhadores, chega a valores absurdos. Os estudantes que cumpriram um papel central na luta contra o aumento da passagem e pelo passe livre em Salvador (Revolta do Buzú, 2003), Florianópolis (Revolta da Catraca, 2004-2005) e até no Chile esse ano, precisam se organizar para barrar esse aumento. Para isso foi criada a Frente de luta contra o aumento, que reúne partidos políticos, movimentos sociais, coletivos e indivíduos dispostos a lutar contra o aumento. Essa frente vem organizando discussões nas escolas e um ato com cerca de 800 pessoas, reprimido duramente pela polícia. É necessário que desde as escolas, os estudantes se mobilizem para que, junto com os universitários e trabalhadores, seja possível barrar esse aumento. Precisamos nos unificar com todos os que hoje reivindicam a luta contra o aumento da passagem. Porém, a UNE e a UBES que são contra o aumento da passagem, têm feito atos paralelos ao de todos os outros setores em luta, e priorizado as mesas de negociação onde propõe uma redução do aumento das tarifas de ónibus de 15% para 6%, ao invés da revogação total do reajuste. Além disso, é fundamental lembrarmos o papel que estas entidades cumpriram tanto na Revolta do Buzu (em que negociaram migalhas com o prefeito passando por cima das exigências do movimento que não ajudaram a construir e desmobilizando a luta) quanto na Revolta da Catraca (em que não estiveram nas lutas com os estudantes). Hoje a luta pelo passe livre e contra os aumentos das tarifas em todo o país não é feita por estas entidades, que são um braço do governo no movimento estudantil e não tem um programa capaz de levar o passe livre a vitória em todo o país, mas pelos estudantes que se organizam em outros espaços, como o Movimento Passe-Livre (MPL), por exemplo.

Ao invés de dividir os atos e estudantes, essas entidades deveriam estar lado a lado com a Frente de Luta para potencializar e fazer crescer as mobilizações, e construir um grande ato no dia marcado para os reajustes. Na última reunião da Frente foi marcado um ato no dia 30/11, com concentração às 16h e saída às 18h, no Teatro Municipal.

É fundamental, portanto, nos aliarmos aos trabalhadores e a população de conjunto nessa luta com o movimento estudantil. Temos que lutar lado a lado com os explorados para conseguir não só barrar o aumento da passagem, mas obter passe-livre para os estudantes e desempregados que não têm como pagar a passagem do transporte, e a juventude de conjunto que mora na periferia e muitas vezes não estuda por contra do preço das passagens.

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