Sexta 29 de Março de 2024

Juventude

Eleições para grêmios estudantis

“Chapa Levante” no Giordano Bruno: anti-capitalista, anti-burocrática e pró-trabalhadores

05 Dec 2004   |   comentários

O grêmio é uma entidade de organização dos alunos dentro e fora do colégio. Ele deve ser um instrumento para potencializar a força dos estudantes nas suas lutas, e a partir da sua mobilização, deve lutar pela unificação com os trabalhadores e outros setores da população explorada na luta pelas demandas dos estudantes e contra o capitalismo.

O grêmio não deve tratar os problemas internos das suas escolas como questões isoladas, é necessário ligá-las com a política mundial e o sistema no qual vivemos. Devemos saber combinar a luta pelas reivindicações internas com as externas ao colégio de acordo com a dinâmica que se configura a política da nossa sociedade. A precariedade do ensino público em relação ao privado, por exemplo, não tem um fim em si mesmo, pois está associado à uma política neoliberal de privatizações, por sua vez, atrelada à uma fase de decadência do capitalismo.

Um outro problema que queremos combater é o papel que a diretoria na grande maioria das vezes cumpre de buscar dificultar ao máximo a atuação política do grêmio na escola. Nós da “Chapa Levante” defendemos então, que o grêmio seja independente da direção, questione o seu papel na escola e se coloque contra as suas medidas e não dependa exclusivamente das suas decisões.

Para coordenar a luta dos estudantes de forma anti-burocrática, defendemos que os grêmios devem romper com a UBES e com a UMES que não passam de entidades burocráticas que defendem os interesses do governo Lula e não dos estudantes. Defendemos entrar na CONLUTE, para junto com outros estudantes e entidades, transformá-la em um pólo-antiburocrático que organize nacionalmente o movimento estudantil na luta por suas demandas. Nossa proposta é impulsionar a luta pela redução das caríssimas mensalidades, pela melhoria das condições das salas de aula, pelo passe livre e contra a reforma universitária do governo Lula.

Os grêmios precisam se levantar contra o capitalismo, os burocratas e se aliar aos trabalhadores, por isso lançamos a “Chapa Levante” : anti-capitalista, anti-burocrática e pró-trabalhadores!

“Chapa Alternativa” na ETE Albert Einstein em defesa dos estudantes
Talita da JRS

Até o fechamento desse jornal, estava ocorrendo a apuração dos votos para o grêmio da ETE Albert Einstein, na Zona Norte-SP. Estão concorrendo duas chapas. A “Chapa Alternativa” (composta por estudantes independentes e pela JRS), que se diferencia da “Chapa Irmandade” essencialmente em seu posicionamento político quanto às questões externas à escola. Houve um debate para clarear as propostas internas e opiniões políticas de ambas as chapas.

Nós da “Chapa Alternativa” vemos como essencial levar as discussões do movimento estudantil para dentro da escola. Defendemos que os estudantes devem se mobilizar e se unificar com outros secundaristas e universitários na luta pelo passe-livre e contra a reforma universitária do governo Lula. Defendemos que os grêmios devem romper com a UBES e a UMES, que são entidades atreladas ao governo Lula que vem implementando as reformas universitária, trabalhista e sindical que atacam os estudantes e os trabalhadores. Por isso, defendemos que o movimento estudantil deve se aliar aos trabalhadores para lutar contra os ataques do governo.

A “Chapa Irmandade” , ligada ao MR8, por defender todas as medidas do governo contra os estudantes e trabalhadores como a reforma universitária, chegando ao absurdo de ser contra o passe-livre, tenta desviar o debate das questões externas dizendo que o grêmio deve direcionar suas forças somente às questões estruturais da escola, ignorando a direta relação existente entre a falta de recursos de um colégio e o sistema em que ele está inserido. Por isso, eles seguem as orientações da UBES e da UMES, uma entidade atrelada ao governo, que fala em nosso nome, mas na realidade não representa a vontade dos estudantes e sim a dos dirigentes dessa entidade completamente distante das escolas e dos estudantes.

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