Sexta 3 de Maio de 2024

Teoria

DA FAÍSCA AO INCÊNDIO

Ciclo de debates “Da Faísca ao Incêndio” leva centenas à discussões sobre a nova etapa de mobilizações no Brasil

07 Aug 2013   |   comentários

Na última sexta-feira tivemos a terceira sessão do seminário de São Paulo “Da Faísca ao Incêndio” e com isso encerramos um ciclo de três discussões sobre a obra de Leon Trotski “Programa de Transição”.

Na última sexta-feira tivemos a terceira sessão do seminário de São Paulo “Da Faísca ao Incêndio” e com isso encerramos um ciclo de três discussões sobre a obra de Leon Trotski “Programa de Transição”. Participaram trabalhadores de várias categorias e estudantes universitários e secundaristas em sessões com muito debate ao final e um anseio pela caracterização das mobilizações no Brasil e a reflexão estratégica de como avançar no interior do movimento, em seus limites e potencialidades.

Sessões em São Paulo

As sessões de São Paulo, com público que chegou a mais de 150 pessoas, lotaram a Casa de Cultura e Política Karl Marx na Vila Madalena. As sessões abordaram primeiramente a atualidade do Programa de Transição, traçando um paralelo com a década em que foi escrito e o momento atual, e o sentido da atualização da definição de que vivemos uma época de crises, guerras e revoluções, partindo da definição clássica de “crise de direção” para refletir como ela se coloca à luz de processos revolucionários como os da Primavera Árabe.

Na segunda discussão adentramos no conteúdo do texto, refletindo a dinâmica e o encadeamento das consignas à luz da luta pelo transporte público, partindo da grande questão que se colocou no movimento nacional, a redução dos 20 centavos, para a partir da força dessa luta pensar a articulação programática com a necessidade da estatização do transporte público controlado pelos trabalhadores e usuários.

No último debate em São Paulo, tratamos do debate sobre os objetivos estratégicos do Programa de Transição, partindo de discutir a crise de representatividade da juventude e dos trabalhadores, avançando para elementos do programa aprofundando o conteúdo da reflexão teórica sobre a superação do Estado burguês e seus mecanismos de repressão e controle; até conduzir a reflexão sobre a transição socialista, os exemplos que podemos reviver no marco dessa estratégia e nosso fim “político” de emancipar os trabalhadores e construir uma sociedade de produtores livremente associados, que supere toda forma de Estado, classes, dinheiro e mercadoria.

Sessões de Campinas

Em Campinas também realizamos três debates embasados no texto “As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo” de dirigente da revolução russa Lenin. Assim, dividimos o debate em três sessões, tratando da “concepção de mundo” do marxismo, da crítica da economia política e da reflexão sobre a política revolucionária. Nesta última quinta-feira, encerramos o ciclo refletindo também as estratégias colocados nas mobilizações no Brasil e como articular a discussões sobre democracia operária e revolução socialista frente aos desafios atuais, tendo em vista as fortes mobilizações na cidade.

Sessão no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro também fizemos uma sessão do ciclo de debates. Fizemos um rico debate em meio a situação do Rio de Janeiro, onde o “espírito de junho” permanece mais forte; nesse sentido, debatemos também o Programa de Transição à luz da situação daquele estado e dos últimas mobilizações em curso no país. Possivelmente, pela riqueza do debate e o anseio por novas discussões, no RJ ainda faremos novas sessões aprofundando os temas debatidos.

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A partir desse Ciclo de Debates, queremos aprofundar os estudos das obras discutidas com todos os presentes no seminário, em grupos de estudo menores. Ao mesmo tempo, justamente porque a faísca ainda não é o incêndio, queremos não apenas aprofundar na reflexão teórica, mas ligar essa reflexão a militância, e por isso chamamos as dezenas de novas e novos companheiros que estiveram conosco debatendo estas ideias a conhecer as agrupações que impulsionamos como a Juventude as Ruas, o grupo de mulheres Pão e Rosas, o Boletim Classista e todas as agrupações de trabalhadores, participando conosco dessa apaixonante tarefa que é lutar pela revolução e a emancipação dos trabalhadores.

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