Quinta 16 de Maio de 2024

Nacional

1º DE MAIO PRAÇA DA SÉ

Pela independência política dos trabalhadores diante dos governos latinoamericanos

28 Apr 2008   |   comentários

Por um ato verdadeiramente classista

Mais uma vez, a CUT e a Força Sindical vão organizar grandes festas e comemorações neste 1° de maio. Mas essas grandes festas só interessam ao governo e à patronal, que têm muito a comemorar com os grandes lucros que vêm obtendo durante o governo Lula. Com a perspectiva de crise económica e a inflação dos alimentos que corroe os salários, os trabalhadores terão menos motivos para festejar. Em contraposição um setor da esquerda convoca um Ato na praça da Sé, contra o governo e os ataques neoliberais.

Segundo o PSTU, será um “ato classista” , e é convocado como ato de luta oposto às festas da CUT e da Força Sindical. Entretanto, um dos principais convocantes (o PSOL), ao invés de levantar um programa classista, apoiou o Supersimples e contrapõe ao governo neoliberal de Lula um programa anti-neoliberal, porém desenvolvimentista sem corte de classe.

Para nós, o 1° de maio da Praça da Sé deveria servir para organizar a luta dos trabalhadores e impulsionar a sua independência de classe em relação a todas as variantes burguesas, que tentarão de diferentes maneiras nos fazer pagar o preço da crise económica que se avizinha. No entanto, se olhamos mais atentamente para a política das organizações convocantes como o PSOL e o PCB, além da ausência de propostas concretas para organizar a luta dos trabalhadores, estão distantes de uma política de independência de classe. Por isso que chamamos não só a participar do Ato na Praça da Sé e se opor às comemorações da CUT e da Força Sindical, como a colocar de pé um bloco classista e internacionalista no interior deste ato.

Pela independência política dos trabalhadores

Na Praça da Sé duas das principais organizações convocantes, o PSOL e o PCB, apóiam abertamente os governos burgueses de Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), além do governo Correa (Equador). O PSOL, inclusive, se apressou a soltar uma declaração em apoio ao recém-eleito presidente do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo. O panfleto de convocação do 1° de maio na Praça da Sé, não à toa, se abstém de sequer citar os governos da América Latina.

A luta dos operários da siderúrgica Sidor, na Venezuela, é um ótimo exemplo de porquê os trabalhadores devem manter sua independência política frente aos governos “pós-neoliberais” . Só depois de nove greves e de serem reprimidos pela Guarda Nacional, quando começaram a receber uma ampla solidariedade a nível nacional, o governo Chávez anunciou a estatização da empresa. E fez isso, justamente, em função da força da mobilização operária. Mas os trabalhadores têm que estar em alerta já que Chávez quando teve que retomar o controle das empresas privatizadas o fez com indenizações milionárias, como no caso da CANTV o ELENCAR e estabeleceu empresas mistas com as transnacionais como na indústria petroleira da Faixa do Orinoco.

Por sua vez, Evo Morales se esforça para conciliar com a direita oposicionista e autonomista na Bolívia, ao invés de se apoiar na força dos trabalhadores e dos povos indígenas camponeses, que seriam capazes de derrotar nas ruas a burguesia, como já fizeram em outubro de 2003 com o ex-presidente Goni. Com essa política, só fortalece a direita. Por último, Lugo do Paraguai, além de ter pedido ao presidente Lula uma bênção à sua candidatura, já disse que tem como exemplo o governo de Tabaré Vasquez do Uruguai, um governo “socialista” burguês.

As organizações que se reivindicam classistas de toda a América Latina têm o dever, neste 1° de maio, de chamar os trabalhadores a não confiar nestes governos de conciliação de classes, que não tem interesse em romper de fato com o imperialismo e que levarão a luta dos trabalhadores à derrota.

Chamamos a participar do nosso bloco pela independência política dos trabalhadores diante dos governos burgueses da América Latina e para exigir um verdadeiro plano de luta para uma campanha salarial unificada.

Que a Conlutas prepare uma Campanha salarial de emergência unificada

Os sindicatos da Conlutas e da Intersindical devem preparar um Plano de Lutas, com assembléias em todos os sindicatos para unificar os trabalhadores e exigir que as outras centrais sindicais deixem de apoiar o governo e os patrões. Os sindicatos da Conlutas e da Intersindical devem romper a acomodação às campanhas salariais isoladas e submetidas às datas base impostas pela legislação trabalhista ’ com o objetivo de manter os salários defasados enquanto os lucros patronais crescem. Não adianta se colocar como antigovernistas e manter a prática petista de se restringir às datas base e a passeatas e atos isolados. É preciso organizar já a luta por: *Aumento Geral dos Salários. Reajuste Mensal de acordo com o aumento do custo de vida. Salário mínimo do Dieese (R$ 1.881,32). *Nenhuma demissão ou PDV. *Salários e Direitos iguais para os terceirizados. *Reforma agrária radical e crédito barato para atender as demandas dos sem-terras. *Mais verbas para saúde e educação. Não pagamento das dívidas interna e externa.

CUBA
 Defender as conquistas da Revolução Cubana!
 Contra o bloqueio imperialista à Ilha!
 Contra a restauração capitalista implementada por
Fidel (Raul) Castro e o PC Cubano!
 Liberdade e legalidade dos partidos
que defendem a revolução!

 FORA IANQUES DO ORIENTE MÉDIO, DO IRAQUE E DA AMÉRICA LATINA

RETIRADA DAS TROPAS MILITARES DE LULA QUE ESTÃO NO HAITI ASSASSINANDO OS TRABALHADORES E O POVO NEGRO.

Pela aliança operário-estudantil

Desde a ocupação da USP, vários processos de luta estudantil vem ocorrendo em todo o país. Em São Paulo segue a resistência nas privadas como a Fundação SantoAndré (de direito privado), PUC, Unicid e nas estaduais paulistas os estudantes começam a recompor suas forças que no ano passado impulsionaram a luta nacionalmente.
Porém, essas lutas vem se dando de maneira isolada e descolada das lutas dos trabalhadores.

Estamos colocando todas as nossas forças para superar essas debilidades e chamamos todos os estudantes que queiram dar essa batalha a se juntarem à nossa coluna que vai, junto à estudantes e trabalhadores da USP, divulgar a II Revirada Cultural da USP (que vai ocorrer de 1 a 4 de maio), onde no dia 3/5, há um ano da ocupação da USP, haverá uma reunião estadual de estudantes que já vem sendo construída por diversos setores e está sendo apoiada pelo Conselho de Entidades da Unesp, como parte da nossa luta por um encontro antiburocrático dos estudantes paulistas.

PRAÇA DA SÉ: VENHA COM O BLOCO CLASSISTA E INTERNACIONALISTA
Concentração: 10h – Páteo do Colégio
LER-QI – Liga Estratégia Revolucionária – Quarta Internacional

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