Segunda 29 de Abril de 2024

Movimento Operário

GREVE DA USP

Trabalhadores da USP desafiam as ameaças do REItor e mantém a greve

05 May 2010   |   comentários

Quando os trabalhadores da USP se dispuseram a entrar em greve por suas reivindicações salariais e democráticas o interventor de Serra na Universidade, Sr. Grandino Rodas, mostrando sua inclinação à ditadura militar ameaçou os grevistas atacando nosso legítimo direito de greve. O objetivo evidente era, mais uma vez, tratar de dividir, primeiro concedendo um aumento unilateral aos professores, quebrando a isonomia e agora buscando amedrontar as bases da categoria para desmantelar a greve e provocar uma derrota à vanguarda, ao Sindicato e à toda a categoria. Os trabalhadores em assembléia geral no dia 05/05 levantaram seus braços bem alto reivindicando o início da greve e desafiando as medidas anti-democráticas do farsante Reitor que insiste em falar sobre “diálogo”. Tudo isso porque lutamos por nossas reivindicações salariais, mas também contra a repressão aos lutadores e lutadoras, em defesa de nosso Sindicato, pela reintegração de Claudionor Brandão, pela retirada dos processos de trabalhadores e estudantes e pela efetivação dos terceirizados sem concurso público. Assim como buscamos construir uma aliança com estudantes e professores na luta por uma universidade pública, gratuita e de qualidade, impondo o fim do vestibular e a dissolução do Conselho Universitário.

Com esta resposta à Rodas, os trabalhadores da USP demonstraram mais uma vez sua combatividade. Inclusive, sustentando esta greve sem o apoio dos professores e estudantes, pois não somente há um clima de paz social na universidade e no país, mas também como resultado da apatia e eleitoralismo das correntes de esquerda que estão longe de impulsionar e se posicionar frente às necessidades da luta de classes. Ainda assim, o Movimento a Plenos Pulmões e o grupo de mulheres Pão e Rosas, composto por militantes da LER-QI e independentes, declararam apoio incondicional aos trabalhadores em greve e em defesa de seus direitos assumindo uma militância ativa. Criteriosamente os trabalhadores definiram lançar uma ampla campanha democrática, buscando o apoio de entidades estudantis, sindicatos, intelectuais, em defesa do nosso legítimo direito de greve. Também no próximo dia 11, dia da negociação com o CRUESP, organizaremos um grande ato na Av. Paulista, junto às outras universidades estaduais paulistas. Ao mesmo tempo em que nos colocamos em pé de luta, saudamos as mobilizações operárias e estudantis que estão acontecendo em toda Europa, em particular aos combativos grevistas gregos. Por isso o Comando de Greve dos trabalhadores da USP votou organizar na próxima semana um importante Ato-Debate em solidariedade às lutas dos trabalhadores gregos contra os ataques dos capitalistas.

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