Quinta 25 de Abril de 2024

Juventude

UNESP DE MARÍLIA

Vitória do movimento estudantil aliado aos trabalhadores!

09 Jul 2010   |   comentários

Foram oito dias desde a deflagração da greve dos trabalhadores de Marília até a greve dos estudantes do curso de Ciências Sociais em apoio aos trabalhadores e contra a terceirização do Restaurante Universitário (RU), que em seguida foi somada pela greve dos estudantes de Filosofia e por consecutivas paralisações de cursos. Mas é certo que a aliança que se concretizou em atos e piquetes conjuntos foi construída muito antes.

Desde o ano passado nos colocamos a construir junto a estudantes independentes um movimento estudantil aliado aos trabalhadores. Levantamos campanhas contra a terceirização e a precarização do trabalho. Atuamos juntos com os professores da rede pública que saíram em greve no inicio do ano. Participamos do 1° de maio classista na Praça da Sé. Estivemos por dentro das mobilizações chamadas pelos trabalhadores das estaduais paulistas.

Ao longo desta greve os trabalhadores avançaram em métodos radicalizados para reverterem os ataques, foram vários os piquetes na USP, Unesp e Unicamp. Na USP a última medida encontrada pelos trabalhadores para garantir o direito de greve e o pagamento dos salários foi a ocupação da Reitoria. Nós, estudantes de Marília, estivemos presentes lado a lado dos trabalhadores e também entendemos ao longo de nossa greve que somente a ocupação da Diretoria iria pôr fim a ameaça de terceirização do RU noturno.
Em 2009 conquistamos na greve a abertura do restaurante universitário a noite, mas neste ano a Direção e a Reitoria numa manobra diziam que somente seria possível um RU a noite se fosse terceirizado. Dissemos não! Não aceitamos que uma conquista da greve de estudantes possa se tornar um ataque aos trabalhadores. A terceirização divide, humilha e escraviza aqueles que estão do nosso lado.

Fomos vitoriosos e mostramos ao conjunto dos estudantes que é possível barrarem a terceirização, junto com os trabalhadores. Sabemos que esta não pode ser uma conquista que se limite ao movimento estudantil de Marília e queremos levar este exemplo nacionalmente, colocando que a aliança operário estudantil passa necessariamente pela luta contra a terceirização. Por isso, chamamos os estudantes a construírem junto com o Movimento A Plenos Pulmões uma ala combativa, pró-operária e organizada pela base na ANEL, para travarmos juntos a batalha para que a luta contra a terceirização saia do papel e se concretize enquanto uma luta real dos estudantes de todo país assim como continuar nos colocando ativamente junto aos trabalhadores da UNESP que permanecem em greve.

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