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Trabalhadores da USP dão grande exemplo na luta pela libertação imediata de Fábio Hideki 

28 Jun 2014   |   comentários

Pela eliminação de todos os processos contra lutadores! Pela liberdade de todos os presos políticos por lutar! Liberdade imediata a Fábio Hideki Harano!

Nesta quinta-feira o governo Alckmin e os que acreditavam que iriam começar a reprimir os trabalhadores e avançar numa ofensiva que apagasse as melhores marcas de um país de mobilizações, encontraram uma mobilização firme e convicta de trabalhadores e setores da juventude. Depois da nefasta demissão de 42 trabalhadores metroviários numa greve mais do que justa frente ao descaso com o transporte, Alckmin resolveu prender e caluniar, de modo totalmente brutal e arbitrário, o trabalhador da USP em greve Fabio Hideki que estava em um ato contra as injustiças da Copa do Mundo, com acusações mentirosas de que portava explosivos e artefatos em sua bolsa – acusações que já estão negadas por gravações e mostram que era só uma política do governador de procurar um bode expiatório para mostrar serviço depois do ato do dia 19/06, onde foram cobrados pela imprensa de não terem “agido”.

 

No entanto, os trabalhadores da USP, junto a estudantes, professores, intelectuais, advogados, defensoria pública e distintos setores já demonstraram a inverdade das acusações e vem construindo uma forte campanha para libertar Fábio e dar um basta na repressão de Alckmin, que culminou hoje em um trancaço do portão da USP e um importante ato de quase mil trabalhadores e estudantes que colocou na sua pauta a imediata libertação de Fabio Hideki e a abertura de negociações e atendimento das reivindicações - como o reajuste salarial que mostra o descaso de um governador que aumenta o salário do aparato de repressão policial e congela o salário dos trabalhadores da educação, que garantem a estrutura e dão o nome às principais universidades do país.

 

O ato marchou firmemente até o Palácio dos Bandeirantes, como há muitos anos não se via, e impôs uma audiência ainda hoje com o Secretário de Segurança Pública Fernando Grella, que saiu publicamente dizendo que Fábio é “liderança dos Black blocs”, além impormos também, com a força de nossa mobilização, o agendamento de uma Audiência com o governador do Estado para tratar da abertura de negociações frente à greve das estaduais paulistas que já dura mais de 30 dias e também a questão da reintegração dos 42 metroviários, bandeira que os trabalhadores da USP vem levantando em todas suas manifestações.

Entretanto hoje Fernando Grella não teve coragem de receber a Comissão de Trabalhadores eleita, que contava com Magno de Carvalho e Diana Assunção, diretores do Sintusp, “Pio”, membro do Comando de Greve pelo Hospital Universitário, Nilma, colega de trabalho do Fábio Hideki e a estudante Arielli, pelo DCE. Enquanto estávamos em reunião a liberdade provisória de Fábio foi negada, e este seguirá preso até o julgamento do pedido de Habeas Corpus, que será levado adiante pelo advogado nesta sexta-feira. Vale ressaltar que Fábio, que necessita do uso contínuo de medicamentos por depressão, tem sido impedido de recebê-los, num cruel ato de violação dos direitos humanos, o que deve ser denunciado amplamente. Além disso, sem julgamento algum e sem direito de defesa foi arbritariamente transferido para a Penitenciária de Tremembé, sem nenhuma explicação.

 

Nova manifestação ocorreu também nesta quinta-feira no MASP, e estas são as primeiras de muitas que deverão ser organizadas, até a libertação de Fábio. Os trabalhadores da USP mostraram o caminho! Com os atos e a força das mobilizações no dia de hoje, devemos aprofundar mais que nunca a campanha para fazer esse governo repressivo sentir a força de nossa luta e recuar de suas medidas em primeiro lugar libertando imediata Fábio Hideki. Só com manifestações e atos, organizados na base e com democracia nas decisões vamos conseguir fazer Alckmin recuar e recolocar os trabalhadores e a juventude na cena nacional, libertando nossos presos, readmitindo os demitidos e garantindo nossas demandas. Para isso a CSP-Conlutas – ao contrário do que vimos no ato de hoje – deve redobrar esforços para levar adiante a luta pela libertação de Fábio, cercando de solidariedade a greve das estaduais paulistas, junto outros sindicatos, entidades estudantis, movimentos populares e organismos de direitos humanos ligados à esquerda, para que impulsionem uma ampla campanha contra essa ofensiva repressiva e criminalizadora do governo do estado.

 

Pela eliminação de todos os processos contra lutadores!

Pela liberdade de todos os presos políticos por lutar!

Liberdade imediata a Fábio Hideki Harano!

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