SAMKWANG
Trabalhadoras em luta
05 Mar 2008 | Poucas semanas antes do 8 de março trabalhadoras e trabalhadores da Samkwang de Campinas, transnacional coreana que fabrica componentes de celulares para Samsung e emprega 600 trabalhadores, fizeram um dia de paralisação denunciando o assédio moral e a superexploração da patronal.
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Por: Tati
Poucas semanas antes do 8 de março trabalhadoras e trabalhadores da Samkwang de Campinas, transnacional coreana que fabrica componentes de celulares para Samsung e emprega 600 trabalhadores, fizeram um dia de paralisação denunciando o assédio moral e a superexploração da patronal. O quadro de funcionários da empresa é composto majoritariamente por mulheres que recebem salários de R$700. As trabalhadoras são obrigadas a operar mais de uma máquina por vez, num ritmo de produção muito alto; ambiente de trabalho de alta temperatura; péssimas condições de higiene; e sem receber jalecos individuais, podendo ser expostas a inúmeras doenças. As conseqüências disso são grandes incidências de lesões por esforço repetitivo, contaminações, como um recente caso de sarna, e intoxicações. A empresa, além do mais, não vêm aceitando atestados médicos.
Esta situação de superexploração na Samkwang está ligada ao fato da mão-de-obra ser feminina. No trabalho, por exemplo, recebem agressões verbais em relação as suas roupas, são proibidas de conversarem entre si e são perseguidas para não engravidarem.
Como resultados da paralisação conseguiram abrir negociação e conquistaram a desvinculação dos tíquetes de alimentação com as faltas. A luta destas trabalhadoras continua. Nós da LER-QI estaremos junto as trabalhadoras da Samkwang na luta contra a opressão e a exploração das mulheres trabalhadoras!
Tati é coordenadora do CACH - Unicamp.
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