Segunda 6 de Maio de 2024

Nacional

LEILÃO DO CAMPO DE LIBRA

Dilma e o PT realizam a maior privatização da história do Brasil!

22 Oct 2013   |   comentários

Com um imenso efetivo policial do Exército, Marinha, Força de Segurança Nacional e da assassina e repressora PMERJ, Dilma realizou seu plano de entreguismo.

Com um imenso efetivo policial do Exército, Marinha, Força de Segurança Nacional e da assassina e repressora PMERJ, Dilma realizou seu plano de entreguismo. Aberto o envelope de cartas marcadas (só um envelope) o mundo conheceu que 60% do mega-campo de Libra (que representa sozinho um volume de petróleo igual a todo o restante já descoberto no pais, ou 8 a 15 bilhões de barris recuperáveis) será controlado pelas imperialistas Shell e Total (20% cada) em associação com as chinesas CNOOC e CNPC juntas (10% cada) e a Petrobrás (40%). No pregão defendido por Dilma, as empresas pagarão R$ 15 bilhões por uma riqueza de valor estimado, nos preços atuais, em R$ 3 trilhões (quase um PIB do Brasil inteiro por um ano inteiro!). O entreguismo é tal que a Petrobrás, estatal, terá que desembolsar R$ 6 bilhões para explorar o campo que ela mesma descobriu, enquanto isto a Shell e a Total pagarão 3 bilhões cada e as chinesas 1,5 bilhão. Todos estes recursos serão usados para o superávit primário, ou seja, irão para os donos da dívida pública.

O cancelamento do leilão era a principal pauta da histórica greve que os petroleiros estamos levando adiante em todo o país, que inclui também a luta contra o PL 4330 que precariza ainda mais a terceirização e diversas cláusulas do acordo coletivo. Debaixo da ditadura que não permite os grevistas desembarcarem das plataformas, dos feridos por balas de borracha e pelo gás lacrimogênio comparecemos à luta na pequena mas corajosa manifestação de 21/10 na Barra da Tijuca, junto a jovens e organizações da esquerda. Dilma tomou o tempo de todos os brasileiros em horário de TV ontem para garantir ao povo brasileiro que o que ocorreu não foi uma privatização. Uma hipocrisia sem tamanho!

De toda a produção 60% será controlada por empresas imperialistas e suas parceiras chinesas. A Petrobrás será a operadora do consórcio. Será a terceirizada dos interesses da Shell e da Total em associação menor com os chineses! Mais que isto, o lucro da Petrobrás, e o óleo que deverá ser entregue à nova estatal Petrosal (cerca de 42%), não irá para a saúde, para educação como ontem mentiu Dilma. De todo o orçamento federal 47% é usado com pagamento da dívida externa e interna.

Esta imensa privatização, de encher de orgulho o ex-presidente FHC, não será a última. Dilma só levou adiante o que Lula iniciou, realizando 5 leilões de petróleo quando FHC havia realizado somente 4. E no governo Dilma a privatização de Libra é só a continuidade das privatizações de portos, aeroportos, rodovias. Os petroleiros fizemos nossa parte. A batalha foi perdida. Mas não a guerra. Dilma irá avançar em privatizações, devemos seguir lutando para impedir novas privatizações e para reverter as que já ocorreram. Os petroleiros sabíamos que não derrotaríamos o governo Dilma com uma campanha tão em cima da hora, e sem as grandes centrais sindicais realmente construindo um apoio a greve de petroleiros, com a FUP fazendo piquetes mas sem dar um passo para que sua central, a CUT, se movesse e construísse uma verdadeira greve geral. Denunciamos, fizemos greve, e nos preparamos para sermos mais fortes nas próximas lutas e poder ultrapassar os limites que a FUP impôs a nossa luta contra o leilão.

É preciso tirar uma lição da luta contra o leilão de Libra. Primeiro, que era possível derrotar o leilão, o tamanho do aparato repressivo mostrou o medo do governo que “esperava” manifestações “de junho”. Poderíamos ter vencido, porém nenhuma das grandes centrais sindicais como a CUT, Força Sindical e CTB moveram-se para que o povo brasileiro soubesse deste crime. Não mobilizaram suas bases em nenhum lugar. Não colocaram um centavo em uma campanha de rua, nas rádios, TVs. Foi a greve dos petroleiros, já nos acréscimos do segundo tempo, que colocou em pauta esta entrega da riqueza nacional. O mesmo vale para a UNE que levou um punhadinho de bandeiras aos atos, mas não passou em uma universidade, escola, chamando a se mobilizar, paralisar. Ligado a este primeiro balanço é preciso mostrar aos petroleiros como a Federação Única dos Petroleiros (FUP) aderiu à campanha “o petróleo tem que ser nosso”, mas só no último momento, pois está atrelada justamente ao governo que privatiza e à administração capitalista da Petrobras. Não derrotaremos entreguistas vestidos de trabalhadores como é o caso do PT e de Dilma sem travar imensas batalhas como a realização de uma verdadeira greve geral que ultrapasse os marcos limitados que tiveram os dias 11 de Julho e 30 de Agosto (e que não incluíam o leilão em sua pauta levada às ruas por obra da mesma burocracia sindical). A FUP mostrou serviço nas refinarias e nas plataformas justamente para encobrir que não colocou nenhum peso para que a CUT se movesse, para que uma efetiva campanha de massas fosse colocada nas ruas.

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