Palavra Operária

(Buenos Aires, 17/10/09). Mais de 400 delegados de sindicatos e comissões internas lotaram o auditório do Hotel Bauen para debater o lançamento de uma corrente político-sindical em nível nacional, convocados pelo Sindicato Ceramista de Neuquén (SOECN), com a presença de seus dirigentes históricos Alejandro López e Raúl Godoy (ex-secretários Geral e Adjunto) e os atuais Andrés Blanco (Secretário Adjunto), Fabián Ruiz (Secretário Sindical), Cristian Mellado (Imprensa e Divulgação) e Alberto Esparza também integrante da Comissão Executiva e o delegado Damian Videla da Comissão Interna da Cerâmica Stefani de Cutral Co. Foi recebida com ovação a numerosa delegação de operárias e operários da Kraft (ex-Terrabusi), encabeçada por Javier Hermosilla, membro da Comissão Interna, os delegados Oscar Coria, Camilo Mones e Christian Abarza, integrantes do importante setor da fábrica que rechaçou o acordo imposto pelo Ministério do Trabalho, o qual definiram como “um golpe traiçoeiro à luta pela reintegração dos demitidos e suspendidos” .

A proposta de impulsionar uma corrente político-sindical que não apenas lute contra a patronal, o governo e a burocracia sindical, tanto nos sindicatos alinhados com a CGT como nos que pertencem à CTA, mas também que defenda um firme programa de independência política dos trabajadores, além da coordenação das organizações operárias combativas e antiburocráticas, recebeu o apoio dos dirigentes e delegados de muitos dos principais processos de luta e organização de base do movimento operário: uma delegação de quase uma dezena de membros do Corpo [Conselho] de Delegados do Metró, encabeçados por Claudio Dellecarbonara; membros das comissões internas (de fábrica) da Pepsico Snacks como Catalina Balaguer e Leo Norniella, da Stani-Cadbury (fábricas mais importantes, junto com a Kraft, da indústria da alimentação da Zona Norte da GBA [Grande Buenos Aires]); Antonia Trigo (Secretária Geral) e membros da Comissão Executiva do Sindicato de Trabajadores del Ajo de Mendoza [Sindicato dos Trabalhadores do Alho de Mendonça ’ Sitraj], que assitiram junto com um delegado do Grupo 2 da Empresa Provincial de Transportes de Mendoza [trabalhadores de viação de ónibus pertencentes à ATE, associação dos funcionários estatais]; integrantes dos Autoconvocados da Salud de Tucumán [trabalhadores da saúde] e um delegado da alimentação deste estado; delegações de operários das duras lutas contra os fechamentos de fábricas como Paraná Metal (Villa Constitución), Mahle (Rosário) e Cive (Córdoba); Guillermo Bentancourt, delegado da Siderca, recentemente expulso da UOM-Campana [sindicato metalúrgico nacional] por ser opositor e apoiar as reivindicações dos trabalhadores; delegados da Siderar (UOM-San Nicolás), da UOM-Villa Constitución, da UOM-Quilmes e trabalhadores da UOM-San Martín, UOM-Matanza e UOM-Capital; delegados das montadoras do SMATA [Sindicato de Mecánicos y Afines del Transporte Automotor]; membros das Comissões Internas da Alicorp (ex-Jabón Federal), Donnelley (ex-Atlántida), da Papelera Molarsa (em Neuquén); ativistas que protagonizaram as lutas contra as demissões na Pilkington (zona norte da GBA); delegados da Fate [SUTNA ’ sindicato dos trabalhadores da indústria pneumática]; delegados e trabalhadores aeronáuticos (APA) da LAN e Aerolíneas Argentinas; delegados da Foetra-Buenos Aires [federação dos telefónicos] e dos Correios; Lista Bordó, chapa de oposição contra Pedraza na Unión Ferroviaria del Ferrocarril Roca; da Agrupación Marrón del SUTIAGA [trabalhadores das indústrias de águas minerais], dos têxteis da Capital; Ana Laura e Liliana Gasco da Junta Interna da ATE-Indec [Instituto Nacional de Estadísticas y Censos]; das Juntas Internas da ATE-IOMA-La Plata [Instituto de Obra Médico Asistencial], do Hospital Centenario de Neuquén, do Hospital Garrahan, do Desarrollo Social de Neuquén, do Ministerio de Producción e do Ministerio de Economía de La Plata, da ATE-RUB; delegados do Astillero Río Santiago, Hospital Posadas, del INCAA [Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales], da ATE Rosario y Mendoza, da Dir. Nac. de Música y de Contaduría (CABA), da PAMI [previdência social]; delegados de Luz y Fuerza de Rosario, da Plástico de Morón; membros da Comissão Executiva dos SUTEBA [sindicato dos professores] La Plata y Matanza (pela minoría), da AGD-Sociales-UBA; congressistas e delegados de várias seções do SUTEBA; delegados da ATULP [funcionários da Universidad de La Plata], entre outros.

Como primeiras conclusões do conflito da Kraft-Terrabusi, que é parte de uma onda de conflitos em que a classe trabalhadora mostra que começa a se colocar de pé, muitos participantes reafirmaram a necessidade de construir uma corrente em todo o país que se diferencie por sua prática e seu programa não apenas contra a patronal, os governos e as direções das centrais sindicais, mas também daqueleas que, mesmo sendo parte de organizações operárias enfrentadas às distintas variantes da burocracia sindical, confiam na “neutralidade” do Ministério do Trabalho, não veem que seus “acordos” sempre estão a serviço de garantir a “paz social” aos empresários, e acabam assinando acordos contrários ao mandato e aos interesses dos trabalhadores. Outros delegados assinalaram que não por casualidade esses setores estiveram entre os que se alinharam com os patrões da soja (outros com o governo) durante o conflito do campo no ano passado, o que assim se comprova que a independência política dos trabalhadores não é somente um posicionamento geral mas antes de tudo deve ter consequências concretas nas lutas. Outros companheiros assinalaram a necessidade que esta corrente político-sindical debata a importância de construir uma ferramente política dos trabalhadores ao lado da luta pela recuperação dos sindicatos e comissões internas.

Além disso, participaram do debate delegados e dirigentes de grupos e correntes políticas de esquerda. Tanto as que aderiram à proposta como as que não o fizeram e as que continuam discutindo, e todas demonstrarm seu acordo em impulsionar a coordenação dos setores combativos.

Todos os presentes resolveram dar continuidade aos nossos esforços pela coordenação efetiva redobrando de imediato nosso apoio à luta dos companheiros da Kraft-Terrabusi, organizando um Fundo de Greve para os trabalhadores demitidos, como medida básica de apoio concreto à luta pela reintegração, além das propostas que esses trabalhadores definam. Para esta tarefa serão convocadas todas as organizações, da forma mais ampla possível.

Como presidência honorária da plenária, foi proposto e aprovado, os trabalhadores do Sindicato Mexicano de Electricistas que enfrentam com suas massivas mobilizações o fechamento da empresa Luz y Fuerza del Centro que deixará dezenas de milhares de trabalhadores na rua.

Finalmente, se anunciou que no próximo 14 de novembro se realizará uma plenária de trabalhadores desta corrente em Neuquén, que será o pontapé inicial de plenárias em várias regiões e estados do país, não mais restritos (como esta primeira reunião) a delegados e dirigentes, mas com ampla participação de todos os trabalhadores que adiram à corrente que inicia sua marcha.

Para mais informação:
Andrés Blanco (0299 155.226.569)
Fabián Ruiz (0299 154.713.625)
Alberto Esparza (0299 154.299.136)
Alejandro López (0299 154.299.121)
Raúl Godoy (0299 154.052.657)
Damian Videla (0299 155.154.223)
Claudio Dellecarbonara (011 155.5927546)
Javier Hermosilla (011 156.2050074)

 [1]

 [2]

Jornal LA NACION
Kraft, un caso testigo
 [3]
Maneja comisiones internas que cuestionan a los jefes gremiales
Acesse: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1188084&pid=7564317&toi=6267

 [4]
Luis Laugé
Acesse: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1188088

Jornal CRITICA
delegados de kraft, el subte y zanon contra la cgt y la cta
 [5]
Acesse: http://www.criticadigital.com.ar/impresa/index.php?secc=nota&nid=32598

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