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Internacional

KRAFT

“Recrudesceu o conflito de Kraft e os operários fecharam a 9 de Julho”

23 Nov 2009   |   comentários

Assim o Clarín titulou a página inteira na quinta 19 de novembro a nota sobre a nova etapa do conflito de Kraft Terrabusi. Na semana passada os trabalhadores haviam se mobilizado ao ministério da Nação logrando que se convocasse a uma nova audiência. Depois de um mês desde que a maioria da velha Comissão interna havia assinado e avalizado a ata (da “paz social” por 2 meses, que os casos dos 53 despedidos se discutiram de forma individual e não coletiva) a multinacional Kraft não só não reincorporou a nenhum senão que os 8 companheiros que estavam suspensos foram despedidos no mesmo dia que assumia a nova Interna. Aquela marcha do dia 11 obrigou ao governo a convocar a empresa.

O conflito voltou a se instalar forte nos meios e na sociedade. Esta nova marcha de quarta 18 votada pelos trabalhadores de dentro e de fora da Kraft teve grande repercussão. Os acompanharam delegados e comissões internas de Pepsico, Stani Cadbury, do hospital Garrahan, do Subte, da gráfica Donneley, do Astillero Río Santiago, do Indec, da Junta interna ATE INCAA, a Comissão Interna do Banco Provincia entre outros, este a FUBA e vários Centros Acadêmicos da UBA e dirigentes de esquerda como Pitrola (PO), Vilma Ripoll (MST), Christian Castillo e José Montes (PTS) com suas respectivas organizações e delegações do MAS, IS e da juventude da CCC.
A esta audiência não só concorreu a empresa senão que também o fez o sindicato. Kraft se manteve em sua postura intransigente, o ministério instou à empresa a que reincorpore aos 8 suspendidos e que se inicie uma negociação séria sobre o resto. O sindicato teve que apoiar a postura da CI. A luta das operárias e operários de Terrabusi continua. Frente os meios Hermosilla reclamou ao sindicato a paralisação geral de toda a alimentação para apoiar a luta de Kraft. Temos que redobrar esta exigência desde as bases de todo o sindicato para o impor à burocracia de Daer. Os companheiros anunciaram reuniões e assembléias para definir as medidas do plano de luta para a próxima semana, sendo conscientes de que o tíbio aperto do governo não surtirá nenhum efeito na empresa norte-americana, mas que legaliza o que já era legítimo: as medidas de luta como na primeira parte do conflito. Na quarta 25 às 11 haverá uma nova audiência no Ministério. A luta segue...

Começaram-se a realizar assembléias por turno, que ainda sem ser muito massivas são com plena participação dos presentes, já que salvo o turno noite, a prática de assembléias estava degradada a monólogos e arengas dos dirigentes da CCC. Uma nova tradição, de democracia sindical plena começa a instalar-se neste gigante da alimentação.
Esta semana quase 1000 trabalhadores da fábrica ficaram sem comer par doar ao fundo de greve as migalhas que a empresa lhes dá em troca. É uma atitude solidária a ressaltar.
A Comissão Interna publicou o primeira número do Boletim “UNIDADE dos trabalhadores” que está aberto às denúncias e opiniões de todos os companheiros e onde anuncia a próxima eleição do corpo de delegados por setor, para colocar em pé uma ferramenta fundamental que a empresa quis desbaratar com os demitidos. A outra tarefa é redobrar o fundo de greve para bancar a luta dos demitidos. Propõem-se por sua vez a organizar uma Comissão de Mulheres para dar maior participação à maioria, que são as companheiras.

A postura vergonhosa da CCC que se queimou olimpicamente das assembléias de demitidos, e das ações e mobilizações resolutas nas últimas semanas mudou ainda que só parcialmente. À marcha do 18 trouxeram algumas bandeiras e participaram alguns dos demitidos que se referenciam nessa corrente. Ainda seguem sem aparecer os referentes principais como Bogado, Maria Rosario e Penayo que continuam caluniando a Hermosilla e ao PTS desde o jornal do PCR.

Enquanto o sindicato só pede que o aumento pactuado para fevereiro se adiante a dezembro, a nova Comissão Interna reclama além disso um pagamento para o fim do ano de $2000. (Continuará...)

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