Palavra Operária

Nesta manhã de 1 de junho a Universidade de São Paulo, a mando a Reitora e do governador José Serra, amanheceu ocupada pela Policia Militar. Este ato é uma clara repressão aos funcionários da universidade que há um mês estão em greve. É inadmissível que uma universidade pública seja ocupada por tropas da polícia, cenas que nos relembram aos tempos sombrios da ditadura militar. Rompem com a autonomia da universidade conquistada após muitas lutas e ferem o direito democrático da greve. Sabemos que as medidas repressivas sobre os lutadores já vem ocorrendo a algum tempo dentro das universidades estaduais paulistas. A demissão do companheiro Brandão, diretor do Sintusp, é uma clara evidencia disso. Mas a entrada da tropa militar, ocupando vários pontos da USP, é um salto de qualidade nesta repressão.

Nós, estudantes, professores, funcionários da Unesp não podemos aceitar este absurdo. Os ataques aos companheiros da USP é um ataque a toda comunidade universitária deste país. Cabe a nós mobilizar todas as nossas forças para repudiar esta repressão. Enquanto delegado do DCE da Unesp/Fatec por Franca, conclamo a toda Unesp e Fatec e das demais universidades a se levantar contra a militarização da USP e a exibir a reabertura das negociações por parte do CRUESP com o Fórum das Seis. Chamo a todos a aderirem ao chamado do Sintusp de realização de um ato amanhã as 11h na USP. Solicito ao Fórum das Seis toda ajuda financeira para que possamos levar o maior número de pessoas para este ato. Aqueles que não puderem ir, peço ajuda para que divulguem esta notícia em todos os meios de comunicação solicitando moções de repúdio a medida repressiva da reitoria e do governo estadual.

Pela desmilitarização da USP

Pela abertura das negociações por parte do CRUESP com o Fórum das Seis e da reitoria da USP com os funcionários desta universidade.

Todos ao ato de amanha as 11hs na USP

Rafael Borges, delegado do DCE da Unesp/Fatec por Franca

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