Sábado 4 de Maio de 2024

Juventude

73 presos políticos da USP encabeçam ato na Av. Paulista

27 Nov 2011   |   comentários

Na última quinta, dia 26, mais uma vez houve uma importante demonstração de que os estudantes da USP não lutam sozinhos. Ao contrário do que diz a mídia burguesa, a tal “minoria isolada” compôs um ato (organizado pelo comando de greve dos estudantes da USP) de pelo menos 2 mil pessoas na Avenida Paulista reivindicando o Fora PM e a anulação dos inquéritos contra os 73 pesos políticos da USP, entre outras demandas como a queda do reitor João Grandino Rodas. Ao final, os estudantes receberam o apoio de dezenas de estudantes de outros locais de ensino, intelectuais, organizações políticas, sindicatos e ativistas do movimento estudantil e operário. Estiveram presentes caravanas dos estudantes de Marília/Unesp, que fizeram uma paralisação em solidariedade aos estudantes em luta na USP, assim como estudantes da Unicamp, outros campi da Unesp e outras universidades, mostrando como esse luta ganha a solidariedade de outros lugares.

Abrindo o ato estavam os presos e presas políticas durante a militarização da USP no dia 8 de novembro, que, formando um cordão, simbolizavam a campanha pela anulação dos processos criminais que estão sofrendo, um dos eixos centrais da greve.

Nós da LER-QI, compomos junto com dezenas de estudantes independentes o bloco da Juventude às Ruas, colocando desde as palavras de ordem e músicas de combate a importância da luta pela anulação dos processos contra os presos da reitoria. Além disso, nosso bloco também levantava a denúncia do papel da polícia não apenas na USP, mas nas favelas, morros e periferias de todo o país, onde a repressão policial aos trabalhadores e povo pobre é um dos pilares da “preparação” das grandes cidades para receber a Copa e as Olímpiadas. Aos gritos de “acabou o amor isso aqui vai virar o Egito!”, lembramos a heroica e inspiradora luta dos trabalhadores e da juventude egípcia, que mais uma vez tomam aos milhões as ruas contra o governo interino e a junta militar!

Durante a “aula de democracia” no vão livre do MASP ao final do ato, declarações de apoio do professor da Faculdade de Direito, Souto Maior; do representante da central sindical CSP – CONLUTAS, Didi Travesso; da INTERSINDICAL; do SINTUSP e de estudantes da Colômbia lembraram que o que está em jogo na luta da USP passa pelo questionamento do projeto de universidade e vai muito além. Diz respeito à luta contra uma política e aparato repressivos que são utilizados sistematicamente contra os lutadores sociais e a população pobre e negra, herdeira direta da ditadura militar, que hoje tenta ser implementada dentro da USP. Não Passarão!

É justamente por esse caráter que adquiriu a luta da USP ao se massificar, tornando-se um conflito de proporções nacionais e questionando um dos pilares desse projeto de país baseado nos monopólios, no trabalho precário e na militarização, que dizemos que a luta pela anulação dos inquéritos contra os 73 presos deve ser transformada em uma ampla campanha nacional, tomada pelos sindicatos, entidades estudantis, organizações de esquerda, organismos de direitos humanos e todos aqueles que não concordam com os ataques do Estado aos que lutam.

NA IMPRENSA

REPORTAGEM DA CNN INTERNACIONAL SOBRE O ATO, COM ENTREVISTA A FERNANDO PARDAL, ESTUDANTE DA LETRAS EM GREVE, PRESO POLÍTICO E MILITANTE DA JUVENTUDE ÀS RUAS

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