quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

::neste domingo:: Plenária aberta Juventude Às Ruas e Ativistas da greve da USP!




A luta contra a PM na USP, que bem como as dezenas de processos a estudantes, trabalhadores e diretores do Sintusp tem como objetivo reprimir os que resistem ao aprofundamento de um projeto elitista e privatista de universidade, abriu um debate nacional, pois ataca uma política central do estado: a repressão policial aos que lutam, ao povo pobre nos bairros e favelas, o verdadeiro genocídio estatal da juventude negra, tudo a serviço do projeto de um grande Brasil da Copa e das Olimpíadas sustentado na miséria e no trabalho precário.

O desenvolvimento dessa luta está ligado à defesa intransigente dos nossos próprios companheiros perseguidos, e ao aprofundamento da auto-organização dos estudantes. A punição aos 73 presos políticos da USP é a via pela qual a reitoria e o governo querem impor uma dura derrota aos estudantes, que os desorganize e interrompa a luta em curso, e ao mesmo tempo impor uma correlação que lhes permita avançar na repressão: se os estudantes da USP podem ser presos e criminalizados por se manifestar, o que não se dirá dos diretores do Sintusp ameaçados de demissão, dos moradores do CRUSP perseguidos, e mesmo fora da USP, dos sem-teto que ocupam prédios no centro, os sem-terra no campo, os trabalhadores em greve, etc. Para seguir a luta, ao mesmo tempo, é fundamental aprofundar ainda mais a experiência mais avançada de auto-organização estudantil que tivemos na USP em muitos anos. A constituição do comando de greve composto por delegados eleitos nas assembleias de curso, mandatados por suas discussões, e revogáveis, é um exemplo de democracia do movimento, que ainda precisa ser aprofundado, mas desde já deve ser mantido, para preservar a organização dos setores mobilizados e seguir a luta.

Esses debates sobre a a USP tratam não somente da luta pela transformação da universidade, mas da luta, em aliança com os trabalhadores, contra a repressão estrutural no país, a semiescravidão que o sustenta com o trabalho precário e a terceirização, e os ataques aos direitos dos trabalhadores e da juventude com que o governo e a burguesia se preparam para o avanço da crise internacional no país.

A juventude tem um papel histórico a cumprir aí, como demonstram não somente grandes exemplos da luta de classes ao longo do século XX, mas as grandes mobilizações e processos convulsivos que atravessam o mundo ao longo desse ano. Seja no Egito, onde vemos um segundo capitulo de um processo revolucionário decisivo, que se abriu no início do ano contra os efeitos da crise nas condições de vida da população, derrubou o ditador Mubarak, e agora se enfrenta com o governo militar que o substituiu e sua repressão assassina; seja no Chile, com milhões de estudantes se enfrentando com a repressão policial do regime herdeiro de Pinochet, na luta por educação gratuita já; seja nos EUA, com dezenas de ocupações questionando a onipotência do capital e dos investidores sobre o destino da grande maioria da população; o que vemos é o desenvolvimento de uma nova etapa histórica, uma situação internacional convulsiva, que tem de fundo uma crise histórica do capitalismo, e diante dela a juventude demonstrando que pode cumprir um papel decisivo!

E nós somos parte disso! Nos sentimos parte da juventude conhecida em todo mundo como "soldados da praça Tahir", somos parte de uma mesma juventude que no Estado Espanhol luta para que o movimento dos indignados se ligue à classe trabalhadora e enfrente consequentemente o Estado herdeiro da ditadura franquista, somos irmãos da juventude chilena que luta para levar até o final o combate pela educação gratuita pra todos já, contra a política da burocracia estudantil que quer desviar o movimento para uma negociação por migalhas no parlamento, nos sentimos parte da juventude que nos Estados Unidos questiona o lucro dos banqueiros e resiste à repressão do Estado, estamos ao lado dos estudantes na Colômbia que resistem às reformas educacionais neoliberais do governo Santos, da luta dos estudantes e trabalhadores da UPEA na Bolívia, pela universidade pública, gratuita e de qualidade para todos, que está se enfrentando neste momento contra a repressão desferida por Evo Morales, estamos juntos à juventude grega que se enfrenta com a polícia para impedir que a crise seja descarregada nas costas dos trabalhadores e do povo!

Chamamos a debater conosco esses processos de luta e a situação nacional e internacional, como parte da grande tarefa de forjarmos uma juventude revolucionária com centenas de estudantes e trabalhadores que, a partir das lições de cada luta, como a da USP, e também desses processos, se prepare para, também aqui, cumprir um papel decisivo diante do desenvolvimento da crise e dessa nova situação internacional!


:: Participe da plenária aberta::
Juventude Às Ruas
e ativistas da greve da USP

Com a presença de Bárbara Brito
delegada da faculdade de Filosofia e Letras da Universidade do Chile

neste domingo às 10h
no SINSPREV
[Rua Antonio de Godoy 88, Centro/SP]



>>> Anulação já dos inquéritos aos 73 presos por lutar na USP!

>>> Fora PM das USP, dos bairros, periferias e favelas!

>>> No Chile, no Egito, nos EUA, na Colômbia: a juventude se levanta! 

>>> Tirar as lições de cada luta para pôr de pé uma juventude revolucionária
e que os capitalistas paguem sua crise!


Juventude Às Ruas!
LER-QI + INDEPENDENTES


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