Quinta 16 de Maio de 2024

Nacional

Todo apoio à greve nacional do funcionalismo

06 Jul 2003 | Unir e coordenar milhares de trabalhadores e ativistas, transformando os sindicatos e entidades em comitês de apoio e preparação da greve nacional do funcionalismo público contra a reforma da Previdência, em 8 de julho.   |   comentários

Os dirigentes sindicais e das correntes e partidos da esquerda que estão contra a reforma da Previdência e as medidas antipopulares e anti-operárias do governo Lula-Alencar devem efetivar essa posição. Essas correntes da esquerda dirigem centenas de sindicatos de trabalhadores e funcionários públicos, além de organizações populares e estudantis que reúnem milhares de ativistas e militantes que têm influência sobre milhares de trabalhadores e funcionários públicos. O próprio Ato em Brasília, no dia 11 de junho, confirma isso. Toda essa grande força deve ser posta em movimento.

Se o PSTU, a Força Socialista, o Trabalho, a Articulação de Esquerda, o MES, a CST e as demais correntes estão contra a reforma da Previdência devem colocar-se a serviço desse movimento, dirigindo os recursos financeiros, políticos e militantes dos sindicatos e entidades que dirigem a favor da preparação de uma greve nacional do funcionalismo e demais trabalhadores no dia 8 de julho, concretizando a primeira grande greve contra as medidas do governo Lula-Alencar, aproveitando o descontentamento que já existe em setores do funcionalismo para avançar na constituição de um movimento coordenado de sindicatos, entidades e correntes e partidos da esquerda, que sirva como alternativa independente do governo e da burocracia sindical para dezenas de milhares de trabalhadores e ativistas que despontam e despontarão na cena política, contra a situação de desemprego e arrocho.

Transformar os sindicatos da esquerda e construir "comitês contra a reforma e de preparação da greve"

Hoje, em centenas de sindicatos e entidades dirigidos pela esquerda, existem resoluções aprovadas contra a reforma da Previdência. Os milhares de trabalhadores, funcionários e ativistas que atuam em torno dessas organizações podem e devem ser mobilizados para coordenar suas forças. Os sindicatos não podem continuar como estão, reduzidos a mobilizações de data-base sem uma atuação política ativa e efetiva para fazer frente aos planos do governo e da patronal. Enquanto os sindicatos da esquerda continuam isolados, os patrões lançam seus ataques e exigências, apoiando-se na aliança com o governo e os burocratas sindicais.

Os dirigentes da esquerda devem fazer com que seus sindicatos e entidades atuem efetivamente pela preparação da greve de 8 de julho, como parte de um plano de ação unificado contra as reformas e os ataques. Deve-se convocar, imediatamente, reuniões nas fábricas, nos locais de trabalho, nas repartições públicas, nas universidades para reunir os ativistas que estão contra as reformas e discutir e preparar essa ação. Devem ser amplamente convocadas assembléias para que o maior número possível de trabalhadores, funcionários e ativistas participem e definam os rumos a seguir.

Se reunirmos em cada fábrica, repartição, sindicato e entidade dezenas ou centenas de companheiros com um plano determinado e firme, estaremos dando passos largos para que novos trabalhadores e ativistas compreendam a necessidade de unir e coordenar as forças da esquerda para barrar os ataques patronais e do governo, demonstrando que a confiança que ainda depositam nesse governo está sendo fraudada e que somente a nossa força organizada poderá enfrentar a piora no nível de vida e as perdas de direitos.

A esquerda tem a tarefa de organizar os setores que já compreendem que nada de bom se pode esperar desse governo, no caminho de consolidar um grande bloco, capaz de ir às fábricas e locais de trabalho para convencer os demais trabalhadores da necessidade de acreditar em suas próprias forças e não na aliança com os patrões. A realidade atual já nos permite, mais depressa do que muitos acreditavam, confiar e lutar por esse caminho. O Ato de Brasília, com cerca de 25 mil manifestantes vaiando sindicalistas da CUT e deputados do PT que apóiam as reformas, foi o primeiro grande aviso à esquerda para que avance a um plano sério e combativo, superando a luta de aparatos. A proposta de greve nacional do funcionalismo, em 8 de julho, pode se tornar a primeira grande ação efetiva, com os métodos da classe trabalhadora, contra o governo Lula-Alencar e a direção burocrática da CUT.

A esquerda e o PSTU teriam forças suficientes para essa tarefa. Para isso necessitariam romper com sua estratégia de coexistência pacífica com os burocratas sindicais da CUT, combatendo a conciliação de classes que se apresenta nos pactos e negociações sindicais com a patronal e o governo Lula-Alencar.

Artigos relacionados: Nacional , Movimento Operário









  • Não há comentários para este artigo