Quarta 1 de Maio de 2024

Internacional

A FORÇA E A COORDENAÇÃO DAS TRABALHADORAS DE LILÁS

Pela terceira vez os trabalhadores de Kromberg paralisam o maior parque industrial do país!

14 Mar 2014   |   comentários

Na segunda-feira passada, os demitidos protagonizaram o terceiro bloqueio ao Parque Industrial de Pilar graças à coordenação e o apoio das organizações. Conseguiram paralisar todo o turno da manhã, de 200 fábricas.

Na segunda-feira passada, os demitidos protagonizaram o terceiro bloqueio ao Parque Industrial de Pilar graças à coordenação e o apoio das organizações. Conseguiram paralisar todo o turno da manhã, de 200 fábricas. Mas a patronal de Kromberg se apresentou ante o fiscal do trabalho e disse que não respeitará a sentença de reinstalação dos trabalhadores da justiça.

Esta multinacional alemã prefere violar a lei e perder milhões, que reincorporar os demitidos e respeitar os direitos dos trabalhadores, porque seu plano é ir por mais ataques. Para isto, contam com o apoio do Ministério do Trabalho, do sindicato traidor do plástico, e da polícia de Buenos Aires, que reprimiu o piquete da entrada do Parque Industrial, levando dois companheiros detidos, sob um enorme operativo de Forças repressivas, que foi visto ao vivo por toda a sociedade.

Ao calor desta luta exemplar de Kromberg se vem desenvolvendo uma Interfabril que se propõe reagrupar todos os trabalhadores do sindicalismo combativo do Parque Industrial de Pilar. Participam as comissões internas de Worldcolor, Unilever, Procter & Gamble, e vários delegados e trabalhadores de outras importantes empresas. Este é o maior parque industrial do país, onde se reagrupam ao redor de 20 mil trabalhadores de quase 200 fábricas. Ainda que sejam de distintos grêmios, tenham diferentes convênios, todos estão unidos pelas péssimas condições de trabalho, que são extremamente precárias, com jornadas de trabalho extenuantes, turnos americanos, onde as enfermidades laborais são uma constante em cada trabalhador. As patronais violam todos os direitos, tendo milhares de trabalhadores sem carteira assinada, contratados eventuais ou terceirizados, sem direito à organização sindical, ou onde a burocracia sindical atua como agente direta das patronais, como é o caso do Sindicato do Plástico.

Ao mesmo tempo, ficou muito claro no último discurso em cadeia nacional da presidenta Cristina Kirchner, quem são seus inimigos: os trabalhadores, sabem muito bem que estão se aproximando tempos difíceis, já que suas últimas reivindicações foram todas reprimidas, deixando uma clara mensagem que não vão permitir que os trabalhadores saiam às ruas para manifestar-se e lutar por seus direitos.

Por isso, desde as distintas fábricas da Interfabril se estão organizando para participar do Encontro Nacional do Sindicalismo Combativo, que se realizará no sábado, dia 15 de março, em Atlanta.

Este processo de organização e luta operária preocupa as patronais que não sabem como dobrar as operárias de Lilás que seguem à frente desta batalha, que por mais obstáculos que tenham de enfrentar, não baixam seus braços.

Com um grande temor se reuniram com o prefeito Zúcaro de Pilar, da Frente Renovadora de Sergio Massa, 40 empresas da Câmara Empresarial do Parque Industrial de Pilar, para ver como impedem que se siga estendendo esta organização operária, que se desenvolve e fortalece. Se ganham as operárias de Kromberg, se transforma num grande exemplo de luta e coordenação para todo o parque industrial e para toda a classe operária.

Artigos relacionados: Internacional









  • Não há comentários para este artigo