Palavra Operária

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Cerca de 100 pessoas comparecem à PUC-SP no dia 06/11 o debate de lançamento do livro de Daniel Bensaïd “Os irredutíveis” , com a presença do autor, do prof. Marcelo Ridenti da Unicamp e do companheiro Christian Castillo.

Como o livro foi escrito em 2000-2001, antes do 11/9 e suas conseqüências, o próprio Bensaid não se preocupou em falar sobre o conteúdo do livro, e sim em atualizar o que tinha mudado na situação de lá para cá, com destaque para o que chamou de “um retorno do discurso religioso à política” , dando exemplos a partir dos governos Bush (EUA) e Sarkozy (França).

Após uma intervenção de Ridenti tentando sintetizar o conteúdo do livro, o debate se deu principalmente entre Bensaïd e Christian Castillo sobre os efeitos da crise e as perspectivas da esquerda, no qual Bensaid remarcou a necessidade de esperar e ver sem nenhuma certeza de antemão, e que “ninguém sabe que caminhos irá tomar a revolução no século 21” . Christian interveio remarcando que não há automatismo entre a crise e a revolução, mas que as condições gerais apontam para muita luta de classes e polarização entre revolução e contra-revolução como nos 1930, e arrematando com a atualidade que ganham as consignas do programa de transição frente à crise.

Por último, fechando sua breve passagem pelo Brasil, também na PUC-SP, no dia 11/11, houve uma atividade, com a presença do prof. Antonio Rago Filho, em que Christian expós uma síntese sobre a crise económica atual, o significado das eleições norte-americanas, e as perspectivas para os marxistas. O prof. Rago encerrou a atividade mostrando como a fala de Christian era atual frente à postura das direções tradicionais da esquerda brasileira, como a CUT organizou uma manifestação para que trabalhadores, governo e empresários (banqueiros) “façam cada um a sua parte” diante da crise.

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