Quarta 1 de Maio de 2024

Internacional

DECLARAÇÃO DO ENCONTRO SINDICAL

Para um Encontro Nacional do Sindicalismo Combativo

05 Mar 2014   |   comentários

Após uma década de governo kirchnerista, a realidade do conjunto da classe trabalhadora e dos setores populares põem em evidência que os únicos beneficiados são os de cima, as multinacionais, os grandes empresários, os latifundiários, os banqueiros, e os corruptos ligados ao poder.

A Comissão Interna de Kraft, encabeçada por Javier Hermosilla e Lorena Gentile, o exdeputado provincial pela Frente de Esquerda e operário de Zanon, Raúl Godoy, o delegado para a negociação salarial do Estaleiro Río Santiago, José Montes, a Comissão Interna dos saboneteiros de Alicorp (ex Jabón Federal), encabeçada por Franco Villalba, o dirigente dos gráficos da Agrupação Bordó Eduardo Ayala, e Claudio Dellecarbonara, delegado da linha B do metrô e da CD do sindicato AGTSYP pela minoria, todos dirigentes do PTS, convocam junto a Rubén “Pollo” Sobrero, Secretário Geral da Seccional Haedo da União Ferroviária, Carlos “Perro” Santillán, Secretário Geral do SEOM de Jujuy, e centenas de comissões internas e delegados combativos metalúrgicos, metalmecânicos, aeronáuticos, telefônicos, pneumáticos, de tratamento da água, papeleiros, das seccionais opositoras de sindicatos docentes (SUTEBA, ATEN, ADEMYS, e outras), de estatais de ATE como a junta interna do Hospital Castro Rendón de Neuquén, municipais e de outros grêmios, a um Encontro Nacional do Sindicalismo Combativo, que se realizará a 15 de março no Estádio Coberto de Atlanta. Estarão presentes os setores atualmente em luta, como os metalúrgicos de Liliana (Rosário), as operárias de Kromberg (Parque Industrial de Pilar), docentes de todo o país e os municipais de Jujuy. Além de Ramón Cortés, um dos condenados a prisão perpétua no julgamento aos petroleiros de Las Heras.

DECLARAÇÃO ENCONTRO SINDICAL – ATLANTA – SÁBADO 15 – 12H

Chamado à unidade do sindicalismo combativo

Após uma década de governo kirchnerista, a realidade do conjunto da classe trabalhadora e dos setores populares põem em evidência que os únicos beneficiados são os de cima, as multinacionais, os grandes empresários, os latifundiários, os banqueiros, e os corruptos ligados ao poder.

Na classe trabalhadora sofremos as consequencias do recente ajuste lançado pelo governo com a inflação e desvalorização, com a queda do poder aquisitivo de nossos salários e o aprofundamento da terceirização e da flexibilização laboral, com suspensões e demissões.

Ademais, o encarceramento do crédito estrangula às famílias que se endividaram e beneficia os banqueiros. Este suposto “governo popular” avalizou sindicalistas empresários para que se perpetuem nos grêmios, como no caso de Pedraza, que defendeu seus negócios com as patronais e os funcionários do governo assassinando Mariano Ferreyra. O governo criminaliza o protesto social perseguindo milhares de lutadores, o exemplo mais repudiável dos quais é o caso dos trabalhadores petroleiros de Las Heras onde se os condenou à prisão perpétua sob uma acusação montada e um julgamento fraudulento.

O governo nacional, todos os governos provinciais e o governo da Cidade de Buenos Aires aplicam o ajuste e pretendem por teto às reivindicações salariais dos trabalhadores públicos e privados. Em distintos ramos industriais há demissões e estão atacando ativistas, o que exige que as organizações operárias lutemos conjuntamente pelo salário e pelos postos de trabalho. São duas caras da mesma moeda, ao contrário do que defende a burocracia sindical, que busca que aceitemos o rebaixamento salarial, sob o argumento patronal do perigo de demissões e suspensões.

Tampouco melhora a situação de nossos aposentados nem dos planos sociais. Enquanto isso o governo kirchnerista volta a pagar a dívida externa e seus interesses, decide pactuar com a Repsol e por sua parte os governos provinciais entregam vergonhosamente os bens comuns às empresas mineiras, às petroleiras e aos empórios da soja. Continua-se fazendo o povo trabalhador passar fome com um ajuste tradicional.

Ante esta situação cresceram as lutas sindicais e populares, mas se encontram isoladas ante a passividade das diversas centrais sindicais, onde seus dirigentes, parte da burocracia sindical, dão uma trégua a empresários e governos e se reúnem com políticos patronais, alheios aos interesses dos trabalhadores, e apoiam e integram suas listas partidárias. O mesmo podemos dizer da proposta de um conselho econômico social, com a qual insistem setores da oposição política e sindical, cujo objetivo é constranger a luta do movimento operário.

Ao não dar continuidade à paralisação nacional do 20 de novembro de 2012, que foi contundente, com uma nova paralisação e um plano de luta nacional unificado, a CGT e a CTA deixam passar o ajuste.

É hora de que os setores combativos e antiburocráticos que surgem em todo o país comecemos a coordenar nacionalmente o apoio às lutas em curso e distintas iniciativas no caminho de uma paralisação nacional e um plano de luta em benefício de todos os trabalhadores.

Este chamado tem o propósito de convocar todos os sindicatos, comissões internas, corpos de delegados e trabalhadores que estejam dispostos a unir-se na ação e coordenar, para além do enquadramento nas Centrais Sindicais e Organizações Nacionais a que pertençam.

Convocamos todos os trabalhadores a um Encontro Nacional do Sindicalismo Combativo, para lutar pelas seguintes reivindicações:

Por um aumento salarial de emergência. Não ao teto salarial. Salário reajustado automaticamente à inflação. Por datas-base livres.

Abaixo o ajuste. Por um salário mínimo igual à cesta básica familiar.

Aumento de 100% na Assignação por filho e dos planos sociais.

Proibição por lei das demissões e suspensões.

Basta de trabalho precário e trabalho escravo. Incorporação dos terceirizados e precarizados.

82% móvel para os aposentados

Dinheiro há! Suspensão do pagamento da dívida externa e altos impostos aos banqueiros, multinacionais, latifundiários e grandes empresários.

Pela reestatização dos trens, do metrô e das empresas privatizadas sob controle e gestão dos trabalhadores e usuários.

Não à criminalização do protesto social. Absolvição dos petroleiros de Las Heras e desprocessamento dos lutadores sindicais e sociais.

Exigimos às CGT e CTA uma paralisação nacional e um plano de luta unificado por todas estas demandas.

Por um sindicalismo antiburocrático e combativo, e agrupações sindicais democráticas, baseado em assembléias nos locais de trabalho, a caminho de recuperar os sindicatos.

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