Pablito Santos, diretor do Sintusp: "Fortalecer nosso plano de luta rumo a paralisação do dia 03/12"
28 Nov 2014
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No último dia 26 de novembro os trabalhadores da USP realizaram uma forte paralisação mesmo embaixo de chuva. Com reivindicações relacionadas à pauta específica da categoria mas também à luta contra a desvinculação dos Hospitais, Pablito Santos comentou que "Esta paralisação foi parte de um plano de luta que tiramos a partir do Sintusp junto com os trabalhadores pra manter a categoria mobilizada pelos seus direitos, depois da grande greve dos 118 dias. Com esta paralisação conseguimos impor uma reunião de negociação da Reitoria a ocorrer no próximo dia 03, onde já votamos uma nova paralisação".
Os trabalhadores reivindicam o aumento dos benefícios de acordo com o aumento do custo de vida ao mesmo tempo que pedem a contratação imediata de funcionários e o fim dos cortes de terceirizados. Sobre isso, Pablito disse que "O Reitor chegou a dizer pra imprensa que a crise orçamentária da USP já havia sido resolvida. Mas nós continuamos sofrendo os impactos da crise nos nossos locais de trabalho. Por exemplo, nos restaurantes da USP, onde eu trabalho, o congelamento da contratação de funcionários que foi uma das primeiras medidas da atual gestão está impondo um ritmo de trabalho alucinante, transformando o restaurante da USP em verdadeiras máquinas de moer trabalhadores, o que só tende a se agravar com o PIDV. Ao mesmo tempo a crise também se descarrega sob as costas dos trabalhadores terceirizados com corte e transferências que pedimos que parem imediatamente, ao mesmo tempo que exigimos a efetivação de todos sem necessidade de concurso público".
Também nas últimas semanas a Reitoria divulgou os salários de todos os professores e funcionários da USP, e sobre isso Pablito declarou que "Querem jogar a população contra os trabalhadores da USP como se recebessemos super-salários, quando os super-salários são em sua ampla maioria do Reitor e de toda a burocracia universitária. Ao contrário, estamos lutando por uma universidade pública e gratuita, bem como contra a desvinculação dos hospitais universitários e também do Centro de Saúde Escola Butantã, onde a falta de contratação de funcionários está impondo uma fila de mais de 1.000 mulheres para fazer o exame do papanicolau". Pablito finalizou dizendo que "Combinado a todo este plano de luta, estamos buscando fortalecer os espaços de base do Sindicato, como fizemos com a ampliação do Conselho Diretor de Base que terá novas eleições nos próximos dias 10 e 11, bem como incentivando a organização de comissões internas como no Hospital Universitário. Também ainda este ano será organizado pela Secretaria de Mulheres do Sintusp o V Encontro das Mulheres Trabalhadoras da USP. Precisamos agora organizar reuniões de unidade pra preparar com tudo a paralisação do dia 03!"
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