Domingo 28 de Abril de 2024

Movimento Operário

CATÁSTROFE NO RIO DE JANEIRO

"No lançamento da Secretaria de Mulheres do SINTUSP queremos gritar pelas mulheres trabalhadoras e pobres do Rio de Janeiro"

08 Apr 2010   |   comentários

Na próxima sexta-feira, dia 09 de abril, as mulheres trabalhadoras da USP vão lançar sua Secretaria de Mulheres, como parte do combativo Sindicato de Trabalhadores da USP. Queremos relembrar que em 2009, quando fizemos uma greve de mais de 57 dias na luta salarial e em defesa de nosso sindicato, e enquanto lutávamos contra o governo Serra que nos reprimia com a polícia invadindo a universidade, o povo pobre e os trabalhadores do Nordeste se encontravam completamente inundados diante das enchentes. Naquele momento, consideramos fundamental, durante a greve de trabalhadores, organizar nossa solidariedade operária e popular arrecadando alimentos não perecíveis e roupas para a população do Nordeste, mas também denunciando que enquanto acontecia toda esta tragédia o governo de Lula enchia a boca pra falar dos bilhões de reais que havia destinado aos banqueiros para salvá-los da crise capitalista em curso. Hoje é necessário que todos os trabalhadores e trabalhadoras da USP retomem com força a campanha que fizemos à população do Nordeste, agora lutando para enfrentar a catástrofe social no Rio de Janeiro, que tem como principais responsáveis o próprio presidente Lula, o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral. Temos que exigir que os mais de R$ 300 bilhões que o governo Lula deu aos banqueiros seja revertido imediatamente para garantir um plano efetivo de socorro às vítimas que estão contando essencialmente com as mãos dos próprios trabalhadores e moradores, atendimento médico de qualidade a todos os afetados pelas enchentes, reconstruir casas em locais seguros para todos os desabrigados, organizar a distribuição de alimentos para todos os que necessitarem e dessa forma começar a enfrentar a catástrofe social utilizando este dinheiro para colocar de pé um verdadeiro plano de obras públicas, numa organização dos trabalhadores, do povo pobre e das organizações operárias e populares!

Por tudo isso, no lançamento de nossa Secretaria de Mulheres, devemos retomar com tudo esta campanha, como parte de nosso Sindicato, e gritar bem forte pelas mulheres trabalhadoras e pobres do Rio de Janeiro, e por toda a população e classe trabalhadora que sofre com esta situação, diferentemente dos bairros ricos e bem estruturados que não são atingidos pela catástrofe. Devemos gritar pelas mães que perderam suas filhas quando suas casas foram engolidas pela lama, entendendo que a nossa luta pelos direitos das mulheres é uma luta também contra este sistema que só nos traz miséria e exploração. Organizar já a solidariedade operária e popular ao povo do Rio de Janeiro!

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