Inconfidência Mineira: entre a resistência negra e a pressão da metrópole
17 Nov 2014
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Por: Daniel Alfonso
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A intelectualidade e a esquerda brasileira historicamente basearam-se – e ainda baseiam-se – numa compreensão da história do país que nega ou subvaloriza o papel da luta negra na formação do Estado. Como muito, a exemplo de setores importantes do reformismo (que estudam e resgatam a história dos negros e negras no Brasil), enxergam esse papel como algo que poderia ter cumprido um papel auxiliar às classes dominantes caso essas tivessem mostrado maior coragem no enfrentamento contra a metrópole e o imperialismo. Trata-se de uma concepção profundamente influenciada por uma matriz de pensamento weberiana, que interpreta o desenvolvimento histórico como uma soma de vontades dos sujeitos sociais e não a partir das determinações sócio-históricas estabelecidas pela relação dialética entre a economia, a política e a luta de classes. Apesar de distinta, essa concepção, ainda que nem sempre de forma consciente, termina se adaptando à ideologia dominante de que o Brasil foi formado por um povo “pacato e pacífico”.
Compreender profundamente como e porque o pensamento social e político brasileiro se manteve preso a essa matriz metodológica (que influencia demasiadamente as interpretações do marxismo brasileiro) cumpre um papel fundamental para valorizar corretamente a superioridade da Teoria da Revolução Permanente elaborada por León Trotsky como base metodológica para uma interpretação científica do desenvolvimento histórico brasileiro que coloque em seu devido lugar o papel que a classe trabalhadora historicamente deveria ter cumprido e ainda precisará cumprir.
Entendemos que esse aporte, que constitui a linha de desenvolvimento do ensaio anexo, é algo completamente original, fundamental para a constituição de uma tradição revolucionária no Brasil.
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