Sexta 17 de Maio de 2024

Nacional

Os estudantes da USP voltaram à cena e, junto aos trabalhadores, expulsaram a polícia!

Fortalecer a greve estudantil estadual contra a repressão, a Univesp e nossas demandas!

02 Jun 2009   |   comentários

A reitoria da USP não esperava, mas os estudantes da USP, junto a um importante setor de professores, se aliaram aos trabalhadores da USP em greve para responder à altura mais essa atitude autoritária da reitoria da USP que demonstra como quer ficar para a história da USP como a mais odiada e combatida. Foram centenas de estudantes que tomaram a porta da reitoria com faixas, protestos e aulas públicas. O rechaço se espalha! O curso de história votou greve! A pedagogia está paralisada! Várias aulas paralisaram no mesmo dia da repressão e nesta terça, 2/6, se realiza um grande ato na porta da reitoria que conta com a presença de grandes personalidades, importantes delegações da Unicamp e da Unesp que nós, do Movimento A Plenos, organizamos junto com os independentes que estão em luta. Como uma corrente que está espalhada em vários campus das estaduais paulistas, temos orgulho de estarmos na linha de frente da mobilização, junto aos independentes, construindo a greve.

Na Unesp-Marília, os estudantes já estão em greve há 1 semana, com ocupações de sala de aula onde se fazem muitas discussões políticas e impulsionaram a greve de trabalhadores e professores. O mesmo ocorreu na educação da Unicamp. O IFCH da Unicamp tem indicativo de greve para 2/6. É o momento de fortalecer essa greve expandindo-a para todos os cursos e retomar num patamar superior a luta contra Serra que demos de maneira exemplar em 2007. A USP volta a ser o centro das atenções do movimento estudantil combativo de todo país pelo papel que cumpriu em 2007 ao dar início a um processo de luta nacional depois da ocupação da reitoria e da luta contra os decretos do Serra.

A ação policial na USP, que remontou aos tempos da ditadura, ligada a toda a repressão que vem ocorrendo sobre os estudantes e lutadores em geral nas universidades, mostra o caráter reacionário dos regimes universitários. É o momento de avançar na luta contra a repressão, garantindo a retirada de todos os processos contra estudantes e trabalhadores, pela reintegração do Brandão, mas apontando decisivamente as nossas forças contra esse regime universitário oligárquico e elitista, no qual os estudantes sequer podem escolher seus representantes e se compõe somente de uma minoria de professores doutores que impõe uma verdadeira ditadura docente, tratando os funcionários efetivos como páreas sociais e caso de polícia, os terceirizados como escravos (viveriam os reitores com o salário de um terceirizado e comendo no banheiro???) e os estudantes como meros receptores da ideologia que nos querem impor.

Saudamos todas as entidades e correntes políticas do movimento estudantil que rechaçaram a ação policial na USP (o CACH da Unicamp, o DCE da Unesp, a UNE etc) e chamamos a todos para conformar uma grande frente nacional de luta contra a repressão aos lutadores, ligada a uma luta pela democratização do regime universitário, que para nós passa pelas eleições diretas para reitor com todos tendo o mesmo poder de voto, mas deve avançar na luta por um governo tripartite com maioria estudantil.

Vamos organizar em São Paulo uma grande luta unitária contra o governo Serra! Os funcionários da USP incorporam nossas demandas, como a contra a Univesp. A tarefa do movimento estudantil é cercar a greve dos trabalhadores da USP e desatar a greve estudantil que levante desde as demandas imediatas de cada local até a luta diretamente contra o governo, a Univesp.

Rafael Borges, delegado do DCE da UNESP/Franca

Tati, membro do CACH/Unicamp – gestão Oboré

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