Segunda 13 de Maio de 2024

Movimento Operário

MAIS DE 25 MIL PROFESSORES OCUPAM AS RUAS DE SÃO PAULO!

Viva a greve dos professores! Fortalecer a greve pela base!

12 Mar 2010   |   comentários

Hoje, dia 12 de março, dia em que a greve completa uma semana, os professores saíram aos milhares nas ruas para exigir seu aumento de salário, abaixo a precarização do trabalho dos professores e por melhores condições de trabalho. Esse ato, que contou com a presença de mais de 25 mil pessoas, mostrou a força que essa categoria, a maior da América Latina, tem quando está mobilizada! Os professores, que vieram de todo o estado de São Paulo, decidiram pela continuidade da greve e nova assembléia no dia 19, portanto semana que vem será uma semana fundamental para a mobilização e paralisação das escolas que ainda não aderiram ao movimento. Tarefa que devemos levar à frente na perspectiva de fortalecer a organização dos professores a partir das escolas e da base.

Grande parte dos professores que pararam e foram ao ato são professores temporários e precarizados, o que mostra mais uma vez a importância da unidade da categoria para derrotar os ataques de Serra. Gritemos ainda mais alto na semana que vem: abaixo a divisão da categoria! Abaixo a precarização dos professores! Essa é uma demanda essencial para unir toda a categoria e fortalecer o movimento entre os setores mais explorados.

Por onde passava, a passeata, que ocupou a Av. Paulista e depois a Rua da Consolação, ganhava a simpatia das pessoas, que demonstravam seu apoio e solidariedade a essa categoria que todos reconhecem como fundamental. A ocupação da Av. Paulista e da Consolação foi muito importante e, apesar da tentativa da direção do sindicato em desviar o ato para um caminho por onde a passeata “não incomodasse” ninguém (e também não fosse vista por ninguém), os professores passaram por cima da direção do sindicato e impuseram uma passeata que chamou a atenção no centro financeiro da cidade e ocupou toda a extensão da Rua da Consolação. Essa mesma direção traidora tentou mudar o local da próxima assembléia para a Praça da República, mas os professores mais uma vez impuseram sua vontade, obrigando a Articulação (PT), maioria da direção do sindicato, a retroceder na sua linha e acatar a assembléia novamente na Av. Paulista.

Isso mostra mais uma vez que essa direção do sindicato nunca vai levar adiante nossa luta de forma séria, já que estão em defesa dos planos que Lula implementa e que não são diferentes dos de Serra. Pablito, trabalhador da USP e militante da LER-QI, interviu no carro de som declarando apoio à luta, chamando a uma mobilização unificada do funcionalismo público contra Serra, divulgando o chamado de unidade que foi votado na assembléia dos trabalhadores da USP que já iniciaram sua campanha salarial. Mas também denunciou que, além de Serra, o governo Lula vem governando a serviço dos capitalistas, quando foi questionado pelos dirigentes do carro de som de que “o acordo era não falar do Lula”, questão que mesmo a oposição se adaptava.

Os professores devem tomar em suas mãos a construção da greve, das pautas, dos métodos de luta, começando por fortalecer a greve na base e o apoio nas comunidades e na população, e tomar as rédeas da organização da assembléia da semana que vem, para que seja de fato uma assembléia e não um palanque onde meia dúzia de burocratas falam. Para isso, reafirmamos o chamado à organização de assembléias por escola, que elejam representantes que componham um verdadeiro Comando de Greve, que defina os rumos da luta a partir das resoluções das assembléias nas bases.

Setores do funcionalismo público, como trabalhadores da USP, metroviários, sabespianos e estudantes universitários e secundaristas também participaram do ato. Porém, isso ainda é insuficiente. Na semana que vem devemos avançar para unificar a luta dos funcionários públicos do estado de São Paulo (Metrô, Sabesp, Universidades Estaduais, Saúde etc), seguindo o exemplo dos professores e nos mobilizando para derrotar esse governo, que ataca a todos. Chamamos as oposições sindicais e os trabalhadores combativos das diversas categorias a exigir do seu sindicato um plano efetivo de luta para unificação das campanhas salariais no estado. Lutando juntos seremos muito mais fortes!

Desde o Movimento estudantil, tanto universitário como secundarista, também é fundamental o apoio dos estudantes para essa greve que luta por uma educação de qualidade. Essa pauta também é dos estudantes! Por isso, chamamos também os Centros Acadêmicos, Grêmios, e, principalmente, a ANEL, a organizar o apoio ativo do ME a essa luta.

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