Palavra Operária

No fechamento desta edição, o “novo patrão” , vulgo Geraldo Costa, orquestrava junto com a polícia a retomada da produção, com um grupo reduzido de trabalhadores selecionados entre aqueles que não participaram da ocupação da fábrica. Há indícios de que a área administrativa da empresa esteja em funcionamento em um outro local. Como parte desse esquema alguns funcionários da limpeza entraram na fábrica.

Essa situação provocou a indignação dos trabalhadores que estavam acampados na porta da fábrica desde a reintegração de posse no dia 3 de março. Junto com diretores do Sindicato dos Químicos, os trabalhadores fizeram um piquete para impedir esse golpe da patronal. Frente à resistência dos trabalhadores, a polícia convocada pelo patrão ameaçou dar tiros e levou preso no camburão um diretor do sindicato. Ao final da jornada, pela pressão dos trabalhadores, o diretor foi liberado.

Essa tentativa covarde demonstra que não se pode confiar na patronal, e reforça a necessidade de fortalecer o acampamento para dar continuidade à luta, e de que toda e qualquer negociação parta do objetivo comum de garatir os 143 empregos, contra a manobra da patronal que visa a tocar a fábrica com apenas parte dos trabalhadores.

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