Domingo 19 de Maio de 2024

Juventude

Rumo à greve na Fundação Santo André!

15 Sep 2007   |   comentários

Odair autoriza a repressão para garantir os aumentos e a maracutaia

O reitor Odair Bermelho e a patotinha petista que dirige a universidade foram os principais responsáveis pela brutal repressão policial contra os estudantes que ocuparam a reitoria contra o escandaloso aumento de mensalidade. Para garantir seus privilégios e perpetuar a corrupção que come solta dentro da universidade, a exemplo do que acontece no Congresso Nacional e em todo o país, a reitoria da Fundação aumenta a mensalidade, fecha as portas desta aos trabalhadores e escancara para a entrada da Policia Militar de José Serra para reprimir os estudantes que se rebelam contra essa situação insustentável.

Mas os estudantes demonstraram que não estão mais dispostos a agüentar tudo isso calados e a mobilização de ontem foi só o prelúdio do que estar por vir. A reitoria e a Policia Militar sentiram o golpe. O comandante da ação repressiva de ontem foi afastado e a reitoria deu sinais de que quer negociar, apontando a possibilidade de dividir o “déficit” da Fafil com as outras faculdades.

Não podemos cair nesse jogo espúrio de dividir os estudantes como se a responsabilidade da crise da universidade fosse nossa. Precisamos lutar e nos unificar contra qualquer aumento de mensalidade, em defesa das condições de ensino e contra a repressão aos estudantes e professores que nos apóiam. A cada ano que passa aumentam as mensalidades e decai a qualidade do ensino. Temos que exigir a abertura dos livros de contabilidade, pois assim ficará demonstrado que a culpa da crise a da reitoria e da patotinha petista e de suas maracutaias.

Nenhum aumento de mensalidade! Nenhuma punição aos estudantes e professores! Fora a PM da universidade! Pela abertura dos livros de contabilidade!

Agora é greve com ocupação das salas de aula e boicote das mensalidades!

Para sermos vitoriosos em nossa luta precisamos conquistar o apoio da maioria da comunidade universitária. Toda a combatividade que se expressou na ocupação da reitoria deve agora se transformar numa luta consciente para massificar nosso movimento e unificar a maioria dos estudantes da FSA.

O caminho agora é iniciar uma greve dos estudantes da Fafil, convocar os professores a seguir pelo mesmo caminho e avançar para uma greve unificada de toda a universidade, com a participação dos estudantes da Faeco e Faeng. E essa greve não pode ser uma greve de pijama, onde as aulas param e a universidade se esvazia. Precisamos ocupar os espaços da universidade, fazendo uma greve com ocupação de sala de aula, com discussão política, atividades culturais e passeatas para mostrar que quando os estudantes controlam a universidade ela pode ser muito mais viva do que sob o comando de Odair, do PT e da PM.

Como parte das medidas de luta da greve, devemos organizar um boicote generalizado das mensalidades até que sejam atendidas as nossas reivindicações. Se até o próximo pagamento isso não acontecer, então que ninguém pague as mensalidades.

Federalização: uma saída de fundo para a situação da FSA

Esses são apenas os primeiros passos de uma luta que só poderá realmente ser vitoriosa conquistando a federalização da FSA, sob controle da comunidade universitária. Isso só poderá ser conquistado se expulsamos esse punhado de burocratas que gerem a FSA de acordo com seus interesses e dos capitalistas. Só assim, a FSA vai poder deixar de ser uma formadora de mão de obra para as montadoras e a FIESP, para passar a responder aos interesses dos trabalhadores do ABC, desde o acesso, até o conhecimento nela produzido.

Democracia já no movimento estudantil! Por um comitê de representantes por sala! or verdadeiras assembléias!

A assembléia de ontem, organizada pelo DA, que resultou na ocupação da reitoria, foi uma assembléia desorganizada e burocrática, na qual os estudantes não puderam se expressar e não conseguimos fazer uma discussão política aprofundada sobre como levar a nossa luta à vitória. Isso não pode mais acontecer. As nossas assembléias não são comícios.

Para que qualquer demanda nossa possa ser conquistada, todos os estudantes devem ter o direito de se expressar. A partir de agora as assembléias devem ser organizadas com inscrições de falas e direito à defesa de propostas, para fazer valer uma verdadeira democracia estudantil.

Mas é fundamental que formemos urgentemente, um comitê com representantes de cada sala de aula, para que todas as iniciativas e resoluções discutidas pelos estudantes nas suas salas de aula possam se concretizar. Somente assim, numa greve com ocupação, poderemos garantir no dia a dia da luta que todas as posições se expressem de forma democrática e organizada. Essa é a melhor via de ampliar e fortalecer a mobilização entre a maioria dos estudantes da FSA, criando bases sólidas para radicalizar verdadeiramente nosso movimento politicamente, para se enfrentar com os planos de Odair e do PT.

Por um Comitê de Solidariedade à nossa luta

A luta dos estudantes da FSA não pode ser isolada da luta dos trabalhadores e das greves em curso, como aconteceu com a greve do metro. A unificação e a solidariedade dos setores em luta é a única forma de nos protegermos da repressão policial e evitar o isolamento.

As organizações de esquerda e sindicatos combativos têm uma grande responsabilidade quanto a isso. A Conlutas e o PSTU, o PSOL e a Inersindical, e em primeiro lugar nosso DA, devem urgentemente colocar todos os seus esforços, seu peso político e sindical, para formar um comitê de apoio a nossa luta. Isso será fundamental para organizar um apoio político e financeiro para a nossa greve e torná-la um exemplo para outras universidades e outros setores de trabalhadores.

Nossas propostas para a assembléia

Greve com ocupação das salas de aula e boicote das mensalidades

Chamado aos professores e estudantes da Faeco e da Faeng a entrar em greve

Formação de um comitê de greve e mobilização baseado nos delegados de cada sala de aula para organizar a luta de forma democrática

Propor às organizações de esquerda e sindicatos combativos a formação de um comitê de apoio à nossa luta

Realizar um ato debate com representantes de outras lutas e de sindicatos no sábado

Realização no inicio da semana de assembléias de curso para mobilizar os estudantes e votar as pautas especificas de cada curso

Sair em passeata após o término da assembléia e iniciar a ocupação das salas a partir de sábado

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