Palavra Operária

1. A Conlutas deve se consolidar como um Pólo antiburocrático nacional, ou seja, de luta anti-governamental, contra as reformas universitária, sindical e trabalhista e para combater o arrocho salarial e o desemprego, com um programa dos trabalhadores de saída para a crise económica e política que atravessa o país e que atinge aos trabalhadores e ao povo pobre;

2. Para que os trabalhadores não tenham mais que se submeter a lutar apenas por reajustes anuais, enquanto o custo de vida sobe mensalmente, a Conlutas deve lutar por reajuste mensal de salário de acordo com o aumento do índice do custo de vida;

3. Para que os trabalhadores tenham melhores condições de vida, e principalmente para combater o desemprego, a Conlutas deve lutar pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, para garantir emprego e salário digno para todos;

4. Para que a Conlutas funcione democraticamente é necessário que a participação, em todos os níveis, não esteja restrita aos dirigentes sindicais, e sim que haja uma efetiva participação dos trabalhadores das bases dos sindicatos, elegendo representantes em assembléias de base e/ou locais de trabalho com a tarefa de defender as posições das bases de suas categorias nas instâncias da Conlutas e retornar as propostas e encaminhamentos da Conlutas para serem rediscutidas, deliberadas e executadas pelas bases. Esse mesmo método democrático de funcionamento deve ser defendido pela Conlutas para todos os sindicatos que a integram, como forma de combater os métodos burocráticos da direção cutista;

5. O Encontro Nacional da Conlutas deve indicar para os sindicatos que a integram e conclamar o conjunto dos sindicatos ’ principalmente os ligados à esquerda da CUT ’ a preparação de uma Greve Geral dos trabalhadores brasileiros para barrar as reformas e os ataques do governo Lula e do PT;

6. Frente ao completo atrelamento entre a burocracia cutista e o governo Lula, a Conlutas deve se dirigir aos milhões de trabalhadores brasileiros e seus sindicatos, trabalhadores desempregados, sem-terras, sem-tetos e todos os movimentos populares organizados para que rompam com o governo Lula e o PT, adotem um programa de luta dos trabalhadores de saída para a crise económica e política que atravessa o país e que atinge aos trabalhadores e ao povo pobre e construam uma greve geral para impor esse programa;

7. Frente às traições dos dirigentes sindicais da CUT, dos parlamentares e arrivistas do PT, a Conlutas e os sindicatos que a integram devem iniciar em suas bases um debate nacional sobre a relação entre sindicato e partido e como os sindicatos devem se expressar politicamente.

Proposta da Diretoria Executiva do Sintusp ’ 21/JAN/2005

O Encontro Nacional da Conlutas deve indicar a realização de um Encontro Nacional Deliberativo dos Trabalhadores, desempregados, sem-terras, sem-tetos e movimentos populares organizados com representantes indicados nas bases para organizar a luta contra as reformas trabalhista, sindical e universitária; para aprovar um programa de reivindicações dos trabalhadores, dos sem-terras, dos sem-tetos e do povo pobre de saída para a crise capitalista; para aprovar uma greve geral com esse programa e para lutar por um governo da classe trabalhadora em aliança com o povo explorado e oprimido, completamente oposto ao governo traidor de Lula e do PT aliados com a burguesia.

Artigos relacionados: Nacional , Movimento Operário