Sexta 3 de Maio de 2024

Juventude

Por um Comando Geral de Greve

07 Jun 2007   |   comentários

Estamos discutindo com todos os ativistas da greve que para derrotar os ataques do governo e das reitorias é necessário um organismo que seja capaz de mobilizar e expressar o poder de decisão de dezenas de milhares dos três setores das três estaduais. Um instrumento que seja representativo de todos os estudantes, professores e funcionários em luta e que unifique as deliberações das assembléias dos cursos para golpearmos o governo e as reitorias como um só punho. Para isso, devemos organizar um Comando Geral de Greve da USP e demais universidades em greve, composto por representantes eleitos em todos os cursos e mandatados pelas assembléias, para expressar a verdadeira democracia direta.

Dando todo peso para as assembléias de curso e a mobilização na base de funcionários e estudantes, trabalharemos contra o esvaziamento e as tentativas de retomada das aulas que vão se dar se os professores de fato levantarem a greve. Formando um comando de greve representativo de todos os setores em luta seremos capazes de responder rapidamente às manobras realizadas pelo governador e seus serviçais da burocracia acadêmica que vise isolar a greve de estudantes e funcionários.

Ao não contar com uma direção representativa das decisões que são tomadas nas assembléias de curso, deixamos nas mãos de algumas dezenas “auto-representadas” nas comissões da ocupação as decisões que devem tomar o conjunto dos estudantes em luta. Como não queremos fazer parte destas decisões cada vez mais burocráticas que são tomadas nas comissões da ocupação, nós do Movimento A Plenos Pulmões nos retiramos das comissões de negociação e comunicação e passaremos a lutar nas assembléias de curso para que elas se organizem a partir de representantes mandatados das próprias assembléias.
O movimento se iniciou a partir da adesão espontânea de milhares de estudantes ao chamado da ocupação da reitoria. Esse foi o elemento fundamental que motorizou a greve das universidades. Agora, nosso movimento deve encarar a necessidade de transformar essa radicalidade espontânea em uma estratégia consciente que possa nos levar à vitória.

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