Domingo 28 de Abril de 2024

Internacional

CONTRA AS TROPAS DE LULA E DO IMPERIALISMO NO HAITI!

PSTU, MNU e Comitê Pró-Haiti em debate organizado pela LER-QI que reuniu 200 pessoas na Casa Socialista Karl Marx

01 Mar 2010   |   comentários

No dia 28 de fevereiro de 2010, cerca de 200 pessoas se reuniram na Casa Socialista Karl Marx para participar do debate promovido pela LER-QI em defesa do povo haitiano e contra a presença das tropas de ocupação da MINUSTAH chefiadas por Lula e as do imperialismo norte-americano. O debate contou com a presença de Mara Onijá (dirigente da LER-QI e Pão e Rosas), Pablito (trabalhador da USP e dirigente da LER-QI), Otávio Calegari , (militante do PSTU e estudante da Unicamp que estava no Haiti nos dias do terremoto), Omar Ribeiro Thomaz, professor da Unicamp (que também estava no Haiti), Milton Barbosa (MNU – Movimento Negro Unificado), Lúcia Skromov e Professor Amarildo (ambos do Comitê Pró-Haiti).

Trabalhadores de diversas categorias, militantes da LER-QI, Pão e Rosas, estudantes do Movimento A Plenos Pulmões e independentes, ativistas do movimento negro e movimentos sociais, além de um militante do PSTU e da Conlutas, participaram durante quase quatro horas de um combativo debate político da campanha que vimos desenvolvendo pela Solidariedade Operária e Popular com o povo Haitiano, pela retirada imediata das tropas brasileiras e do imperialismo que ocupam e oprimem o Haiti.

A discussão iniciou-se com a fala do Pablito que após apresentar os participantes ressaltou a importância do debate, e o momento político que atravessamos no cenário internacional, colocando a necessidade de impulsionarmos uma ampla campanha.

Em seguida, Otávio Calegari partiu de resgatar o histórico de luta revolucionária do povo haitiano, que constituiu a primeira nação independente da América Latina, e expôs suas experiências enquanto esteve no Haiti, destacando o peso do plano imperialista de transformar o Haiti em um terreno de maquiladoras, superexplorando sua população. O Professor Omar, que também narrou muito vivamente as experiências passadas após o terremoto, relatando como a solidariedade real sentida nas ruas após provinha do povo e dos trabalhadores haitianos, enquanto as tropas da Minustah e do imperialismo tratavam de salvar a si mesmas e a salvaguardar a propriedade privada. Milton Barbosa também reforçou o histórico de luta do povo haitiano e defendeu ser necessário que os países ricos deixassem de cobrar a dívida externa haitiana. Lúcia do Comitê Pró-Haiti colocou, entre diversos elementos, a necessidade de que se entenda que a dívida haitiana é um roubo protagonizado pelos imperialismos, ressaltando a necessidade de ações de solidariedade independente com o povo haitiano.

Já Mara Onijá interveio reforçando o panorama político que estamos imersos e defendendo a centralidade que deve ter em toda e qualquer campanha que se proponha séria a luta pela retirada das tropas da Minustah e do imperialismo no Haiti, denunciando o papel que Lula cumpre na opressão do povo haitiano. Mara expressou o caráter reacionário desta política,e aprofundou a necessidade de que a esquerda lance uma forte campanha que englobe não só a solidariedade operária e popular ao povo haitiano, mas a retirada imediata das tropas de Lula. Neste sentido, chamou a juventude do PSTU a encampar ações, como a organização de atos unitários, ressaltando os limites da Frente de Solidariedade ao Haiti – composta por várias organizações, inclusive a Conlutas – que se nega a denunciar Lula. O professor Amarildo também ressaltou em sua fala o papel que Lula cumpre, lembrando os interesses econômicos que a burguesia brasileira espera alcançar com a “reconstrução” do Haiti.

Várias intervenções foram realizadas pelo plenário ressaltando a necessidade de aprofundar ações unitarias de campanha partindo do eixo da denúncia do papel de Lula no Haiti e da necessidade de ampliá-la, sendo assumida por todos que ali estavam, pela solidariedade operária e popular ao povo haitiano e ações políticas (atos, manifestações etc.) exigindo a retirada imediata das tropas brasileiras e do imperialismo no Haiti.

Por volta das 19 horas, encerradas as intervenções políticas, teve início até as 23 horas atividades culturais com a apresentação das bandas de hip-hop QI Alforria, Mara Onijá, Conde Favela, além de Zinho Trindade e do Ballet Afro Koteban, que fizeram suas performances como parte da solidariedade ao povo haitiano. Foi feita a arrecadação de R$ 5 por pessoa que será revertida para o Haiti através da campanha impulsionada pela Conlutas.

Com esta importante atividade a LER-QI, o Movimento A Plenos Pulmões e Pão e Rosas buscaram acima de tudo mostrar que é possível impulsionar ações concretas que incorporem cada vez mais estudantes e trabalhadores na campanha de solidariedade operária e popular com o povo haitiano e pela retirada das tropas brasileiras e do imperialismo que vem impulsionando e, especialmente a LER-QI, propondo à juventude do PSTU a unidade em torno desse programa que todas essas organizações defendem em seus jornais.

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