Palavra Operária

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Em Neuquén a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores alcançou a votação mais alta do país em termos relativos: triplicamos confortavelmente o piso de 1,5%, com 13.993 votos para a fórmula presidencial (4.81%) e quase quadruplicamos com 16.421 votos na chapa de deputados nacionais (5.90%).

Desta forma, consolidamos muito bem a eleição realizada em 12 de junho, onde a FIT ganhou uma cadeira operária no Parlamento encabeçado por Alejandro López, depois de uma grande campanha pelas candidaturas ceramistas da Frente de Esquerda, junto a Raúl Godoy.

Instalou-se a campanha contra a proscrição

A campanha contra a proscrição se instalou massivamente, ligando a luta contra o piso antidemocrático de 1,5% com a necessidade de defender os direitos dos trabalhadores. Foi uma campanha militante onde, além de spots da televisão, a presença através de cartazes e panfletos de rua, aglutinamos importantes setores da vanguarda de Neuquén em apoio à FIT, como o Fórum contra a proscripção da Esquerda que realizamos em 09 de Agosto no Salão Azul da UNCo, onde participaram Ariel Petruccelli (historiador e docente), Gabriel Pillado (refêrencia de ATEN), Javier Lombardo do FPDS e Leanadro Bravo do CEHUMA, junto à Raúl Godoy, operário de Zanon e dirigente nacional do PTS, que foi um importante evento político pela assistência e a amplitude do painel.

A bancada operária preparou o terreno

A campanha estadual da FIT para as eleições de 12 de Junho havia ligado a identificação da Frente com a luta pelos direitos operários, através das candidaturas ceramistas. A conquista da cadeira reforçou a idéia de que a FIT é a expresão dos setores operários combativos do estado e de que seus candidatos e representantes são distintos dos políticos patronais que “agarram um cargo e votam contra o povo”. Esta plataforma conquistada pelas candidaturas ceramistas da FIT na eleição estadual criou as condições para consolidar e ampliar os bons resultados eleitorais nas eleições primárias e derrotar amplamente a proscrição em nível estadual.

Os setores combativos de ATEN fizeram seu aporte

Os apoios conquistados no interior do ATEN, desde a maioria das agrupações opositoras à burocracia kirchnerista, tiveram um papel muito importante. Destacou-se o aporte das principais referências da Agrupación Rosa, que fizeram campanha publicamente junto à Agrupación Negra e os docentes do PSTU em apoio à FIT, explicando que este ataque contra o direito democrático da esquerda era um ataque ao conjunto dos trabalhadores e que, se a esquerda era proscrita, o próximo passo seria contra as organizações sindicais combativas.

Aprofundar e ampliar o apoio nas bases

Neste contexto e tendo em vista as eleições de outubro, a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores se consolida como uma agrupação dos setores militantes e combativos da vanguarda de Néuquen, que transcende amplamente todas as frentes que a esquerda havia realizado nas eleições anteriores e inclusive as frentes constituídas no âmbito sindical.

O desafio é seguir consolidando este espaço, com um método democrático de discussão e colocá-lo a serviço de fortalecer as posições classistas e antiburocráticas nos sindicatos de profesores, estatais e nas fábricas do parque industrial, junto à juventude e ao movimento estudantil combativo e lado a lado com os ceramistas, para fazer da bancada operária da FIT um ponto de apoio para a organização e a luta.

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