Segunda 13 de Maio de 2024

Movimento Operário

NÓS PROFESSORES TEMOS QUE DECIDIR OS DESTINOS DE NOSSA LUTA!

Necessitamos de uma verdadeira assembléia geral de delegados de base

27 Mar 2010   |   comentários

Serra mostra mais uma vez seu particular caráter duro e repressivo, não só se nega a uma negociação, fala e utiliza toda a mídia para espalhar informações distorcidas e iludir a população de uma dita “modernização” da educação nos pintando como inimigos da população, agora não só reprime mas prende 4 professores de Franco da Rocha por uma causa simples: estavam apitando. Encaminha a orientação para os diretores de reprimirem o direito do professor de se organizar e fazer greve, fazendo perseguição política, impedindo professores grevistas e comandos de greve de entrarem na escola como em Sumaré, onde professores são impedidos de entrar nas escolas e como em Rio Claro, onde temporários que estão em greve estão sendo demitidos e substituídos nas escolas. E além disso, se nega a abrir uma mesa de negociação para discutir nossas demandas. Manifestamos nossa indignação e apoio total aos presos de Franco da Rocha! Abaixo as políticas repressivas de Serra! Pelo direito de greve e organização dos trabalhadores da educação!

Hoje nos vemos em um impasse, na terceira semana de greve. E neste momento crucial, vemos a direção do sindicato, ao invés de preparar a categoria, ao invés de tentar levar ao máximo as potencialidades desta greve, vem com uma nota comunicando um rebaixamento da nossa pauta de reivindicações para somente uma reivindicação: o aumento salarial. Temos que reivindicar toda nossa pauta de demandas, começando pelo aumento de salário e a efetivação de todos os contratados. Voluntariamente, antes de qualquer negociação com Serra. Isto só leva a população a se voltar contra nós. E a direção de nosso sindicato governado pela mesma corrente de Lula seque com esta prática: impõe sempre suas propostas pré-formuladas e acordos rebaixados, decidindo sobre nossas cabeças os passos de nossa luta. Esta não é uma construção real de greve. Uma greve real parte do princípio de disputa política e participação democrática. Necessitamos uma assembléia geral com delegados das escolas, para que sejamos os professores em luta os que decidamos a pauta, os ritmos e os destinos de nossa greve.

E apesar de mostrar críticas ao rebaixamento de pauta imposta pela Direção, a Oposição em sua rotina sindical se adapta a direção só se diferenciando no final e não é uma alternativa com um método democrático de luta que possibilite e tome para si a expressão dos posicionamentos políticos e da organização dos professores ativos forjados na luta através de delegados eleitos nas escolas. Por isto fazemos um segundo chamado agora à Oposição, a exigir da diretoria a convocatória imediata a uma VERDADEIRA assembléia geral para que sejamos os professores em luta e não um punhado de dirigentes governistas os que decidamos os destinos da categoria. Junto a isso, propomos que convoque uma plenária que represente os professores combativos forjados nesta greve para fortalecer uma alternativa a direção majoritária.

Precisamos seguir exemplos históricos de luta de professores, como da greve de 2006 onde mais de 70 mil professores do estado de Oaxaca (México), que auto-organizados em união com à classe trabalhadora, à juventude e ao povo pobre oprimido conseguiram se impor em luta contra o governo burguês de Ulises Ruiz, criando uma organização própria, a Assembléia Popular do Povo de Oaxaca (APPO), que reunía os sindicatos, representações camponesas e organizações políticas para organizar a luta contra a precarização do trabalho e pela qualidade da educação pública.

Assim como este exemplo, devemos buscar o apoio dos pais, alunos e funcionários das escolas organizando juntos atividades políticas e culturais para discutir a educação pública que queremos e as condições de trabalho a que estamos submetidos, construir atos conjuntos e assim unirmos forças para reivindicarmos nossos direitos.

Dia 26/03 por uma verdadeira assembléia geral aberta a voz para todos os professores!

Assembléias nas escolas que elejam delegados que levem nossas posições à frente nos comandos de greve, assembléias regionais e estaduais!

Pela continuidade da greve e assembléia estadual no dia 31/03 (quarta) composta por delegados mandatados pela base para discutirmos a greve e elaborarmos um verdadeiro plano de ação!Pela manutenção de nossa pauta de reivindicações!

Que na pauta de reivindicações, junto com o reajuste salarial de 34,3%, tenha centralidade, a luta contra a precarização e a efetivação de todos os professores temporários!

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