Palavra Operária

Na ultima sexta-feira (14/09) integrantes do Movimento Trabalhadores Classistas realizaram uma importante e exitosa atividade social no JD. São Paulo, zona Norte de SP à qual compareceram 9 trabalhadores em sua maioria jovens aeroviários e aeroportuários terceirizados independentes, contando também com a presença de 2 militantes aeroviários e um companheiro gráfico convidado, ambos do MTC e da LER-QI.

O espírito daquela reunião foi o melhor possível onde o que primou foi a confraternização e uma rara integração entre trabalhadores de setores vitais, que vivem em sua rotina a divisão em “categorias” imposta pelos patrões e a burocracia sindical. Terceirizados de bagagens e estivadores do Terminal de Cargas, em clima de descontração, e na discussão sobre seus problemas cotidianos, se viam como irmãos de classe rompendo qualquer barreira.

Entre jovens proletários que possuem gostos e anseios parecidos, a maioria começa a tirar lições políticas rumo ao despertar de uma nova visão sobre a sociedade de classes. Tivemos a participação de um trabalhador aeroviário experiente com uma bagagem importante e chave que expressa um dos principais problemas que a classe trabalhadora brasileira enfrenta hoje: o processo de ruptura com Lula e o PT. Achamos que foi chave a presença de um operário que viveu os processos políticos e grevísticos, representando uma geração de trabalhadores, que nos anos 80, desde diversos setores, conformaram a CUT, do PT e de Lula como direções históricas, e que começam a fazer um balanço daquele processo motivados pelas medidas anti-operárias e ataques que o governo Lula e seus agentes dirigem contra os trabalhadores nos dias de hoje, seja pela explícita corrupção do governo ou pela brutal carestia de vida, enquanto, como gosta de se gabar o presidente ex-sindicalista, “nunca na historia desse país” os banqueiros e demais burgueses lucraram tanto.

Nas diversas rodas de bate-papo fomos todos chegando à conclusão de que é necessário repetirmos atividades desse tipo, que são vitais para os trabalhadores criarem os laços de classe, e que passam longe da agenda dos sindicatos sufocados pelos burocratas da CUT e da Força Sindical, que estão mais preocupados com a manutenção de seus cargos. Decidimos por realizar com mais freqüência e para o maior número de trabalhadores possível, dando peso para a construção do MTC em Guarulhos.

O Movimento de Trabalhadores Classistas é composto por militantes da LER-QI e independentes

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