Sábado 18 de Maio de 2024

ESTUDANTES NA GREVE DA USP

Massificar o movimento! Pela construção de uma greve unificada com os trabalhadores!

09 May 2009   |   comentários

Após uma boa paralisação de estudantes em alguns cursos como Sociais, Geografia, Fau e História, esta assembléia tem que votar os próximos passos da mobilização dos estudantes para expandi-la nos cursos. A greve de trabalhadores começou forte e se expande para o interior, contando agora com os companheiros de Ribeirão Preto também em greve! Com uma forte greve de trabalhadores, que lutam não apenas pelas legítimas questões salariais, mas também contra a repressão na USP e contra a UNIVESP, temos que partir para uma luta unificada e também cobrir de solidariedade, de dentro e fora da USP, a greve de trabalhadores. É preciso dizer que além da precarização, falta de verbas, fundações privadas, a Reitoria, de braços dados com o governo Serra, atacam o direito mais legítimo, garantido até mesmo pela constituição, de organização política e sindical na universidade, que tem sua expressão máxima na demissão do diretor do SINTUSP, Brandão, mesmo durante o pleno exercício de seu mandato. É por isso que achamos que a universidade tem que parar!

Assim, propomos: Indicativo de greve para a semana do dia 18/05, dia já marcado de negociação das 3 categorias com o CRUESP! Assembléias de cursos e geral também para esta semana.

A expansão da mobilização dos estudantes tem que se dar em base aos cursos e ligada à mobilização de trabalhadores. Para isso é fundamental que os estudantes lutem pela auto-organização, tendo assembléias de cursos que votem representantes eleitos pelo conjunto dos estudantes, expressando a posição da maioria e da minoria para compor um comando de mobilização democrático e que seja capaz de expandir nossa mobilização.

Propomos:

-A construção de um comando aberto de mobilização e com delegados eleitos nas assembléias de base, com posição de maioria e minoria, com voz a todos e voto aos delegados.

- O DCE tem que organizar assembléias nos cursos onde os CAs não estão organizando e que cada assembléia tenha a tiragem de delegados para compor o comando de mobilização da USP.

A luta que fazemos pela auto-organização do movimento vem de encontro, e busca superar, algumas práticas burocráticas assumidas pelo comando de mobilização que, frente à postura equivocada assumida pela atual gestão do DCE (ao romper com o comando de mobilização e não encaminhar de modo conseqüente as resoluções do movimento) utilizaram-se de métodos burocráticos de paralelismo sindical, soltando documentos do comando em nome do DCE Livre da USP. Achamos que as organizações políticas envolvidas nesta prática (MNN e PCO) tem que fazer um pronunciamento público contra o erro cometido.

Propomos:

- Que a assembléia vote um repúdio às práticas de paralelismo sindical por setores do movimento.

A greve de trabalhadores da USP, a mais importante hoje no Estado de São Paulo, que mira sua força contra uma das mais poderosas burocracias acadêmicas do país, esta que conta com o apoio de um dos braços fortes da burguesia paulista para as eleições de 2010, José Serra, tem que ser coberta de solidariedade!

Propomos:

- Uma atuação contundente da CONLUTAS com solidariedade e um forte fundo de greve; iniciativas nos cursos de atos com professores em defesa do SINTUSP e contra a repressão - Um chamado ao DCE da UNICAMP, dirigido pelo PSOL, que volte a se incorporar na construção do encontro estadual de estudantes como parte da construção de uma luta unificada das estaduais paulistas - A realização de uma reunião para construção do encontro estadual entre estudantes da USP no dia 13/05!

Uma greve de trabalhadores da USP como a atual e com o apoio dos estudantes gera muita indignação de setores retrógrados desta universidade, como alguns estudantes que hoje organizam um abaixo assinado contra a greve e contra o DCE por defender a greve de trabalhadores; assim como a assembléia da POLI, em que uma minoria de estudantes se posicionou contra a readmissão de Brandão, expressão clara de um sentimento anti-operário que deve ser rechaçado pelo conjunto dos estudantes. Temos que ter claro que estes poucos estudantes são mais um dos agentes da Reitoria e do governo Serra na universidade.

Propomos:

- Repúdio ao abaixo assinado contra a greve assim como a decisão de setores minoritários da POLI contra a readmissão de Brandão. Nossa luta é a mesma luta que a dos trabalhadores da USP: pela total liberdade de organização política na universidade!

Da mesma forma que lutamos pela defesa do SINTUSP, lutamos pela defesa do DCE Livre da USP, junto a todos que na ditadura militar garantiram o termo LIVRE ao nosso DCE: LIVRE da burocracia acadêmica! LIVRE da cooptação política! LIVRE da cooptação financeira! É por isso que votamos um termo político de reconhecimento, por parte da Reitoria, da PLENA autonomia do DCE sobre todo o espaço de vivência. O meio pelo qual vamos garantir isso será a mobilização unificada de estudantes e trabalhadores da USP.

Propomos:

- Que o espaço de vivência se torne sede do DCE! Que a atual gestão do DCE assuma o erro de não ter entregue o atual termo à Reitoria e o faça imediatamente. A qualquer tentativa de retirada de qualquer parte do espaço de vivência pela Reitoria, que o acampamento no espaço volte imediatamente.









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