Palavra Operária

O companheiro Mariano estará em São Paulo, na primeira semana de março, em solidariedade à campanha em defesa do Sintusp e contra a demissão de Brandão, além de participar de debates com trabalhadores e estudantes, contribuindo para que conheçamos ainda mais o processo de luta dos trabalhadores de Zanon e as lutas operárias e populares na Argentina. Ele também atua no CEPRODH (Centro de Profissionais de Direitos Humanos) que tem se colocado à frente da luta pelo juízo e punição dos militares e agentes civis genocidas da ditadura militar argentina. Este é um organismo de direitos humanos em defesa da classe operária que deixou uma contribuição fundamental, vinculando a estratégia jurídica à luta de classes, com seus advogados respeitando as decisões das assembléias de trabalhadores. Esta foi uma importante batalha levada adiante pelos militantes trotskistas do PTS (Partido de los Trabajadores Socialistas) contra todas as correntes políticas e sindicais infantis que desprezam a utilização dos recursos legais burgueses que podem ser utilizados a serviço dos trabalhadores ou, por outro lado, as que utilizam a legalidade como objetivo final, despertando ilusões entre os trabalhadores na justiça burguesa. Sempre utilizamos os elementos jurídicos como uma tática em prol das nossas soluções de fundo. Damos esta batalha num terreno por demais adverso, visto que as leis são feitas para defender os interesses dos capitalistas. Por isso, insistimos que não se pode depositar a mínima confiança nesta instituição burguesa ’ a justiça ’, mas devemos aproveitar as contradições entre os diversos setores burgueses e os resquícios legais que se nos apresentam.

MARIANO PEDRERO, advogado do Sindicato dos Ceramistas de Neuquen (SOECN), Argentina, e dos trabalhadores da fábrica Zanon estará no Brasil em defesa de Brandão

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