Sexta 26 de Abril de 2024

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Enquanto Alckmin e Herman saem de férias 21 mil professores vão para o olho da rua!

26 Nov 2014   |   comentários

O ano dos professores termina com um verdadeiro escândalo. Nesse fim de semestre, mais de 20 mil professores ficarão sem emprego. Os professores categoria O que estão no segundo ano de contrato não poderão se inscrever para atribuir aulas em 2015.

O ano dos professores termina com um verdadeiro escândalo. Nesse fim de semestre, mais de 20 mil professores ficarão sem emprego. Alckmin e Hermann mostram o verdadeiro projeto de educação do PSDB terminada as eleições. Os professores categoria O que estão no segundo ano de contrato não poderão se inscrever para atribuir aulas em 2015.

O governo pretende aplicar a duzentena, que na prática é demissão e o impedimento a que esses professores trabalhem por todo o ano. Bebel e a diretoria majoritária do sindicato (PT/PCdoB), que não organizaram medidas sérias de luta durante todo o ano, para amenizar a situação desastrosa, falam que através de medidas judiciais irão garantir as aulas para esses professores.

É um escândalo que a direção da APEOESP alimente a ilusão de uma possibilidade jurídica, que não está garantida, relegando aos professores insegurança de não terem seus salários por meses. Essa situação também afeta os professores efetivos. Criar um setor de professores rotativos e precários é o projeto de educação do governo do PSDB.

Não é de hoje que centenas de salas são fechadas, já que a lógica é diminuir a quantidade de professores com salas cada vez mais superlotadas. Defender os professore categoria O é uma tarefa de toda categoria nos unificando para lutar pelos nossos direitos. Imediatamente, esses professores devem ter o direito de atribuir aulas. Porém, para acabar definitivamente com essa situação todos os professores categoria O e F devem ser imediatamente incorporados como funcionários efetivos, com todos os direitos, junto com a incorporação de todos os remanescentes do último concurso. Sabemos que há demanda, e com diminuição da quantidade de alunos por sala de aula não faltaria aulas para ninguém, melhorando a qualidade da educação pública.

Por isso é necessário organizarmos atos regionais contra esse escândalo. Convidamos todos a conformarem um bloco antiburocrático para não ficarmos a mercê do papo furado de Bebel e cia. Junte-se ao Professores Pela Base e ao Movimento Nossa Classe no dia 5 às 14h na Praça da República: assegurar nossos empregos e lutar pela qualidade da educação só será possível com a organização dos professores independentemente dos governos e da atual burocracia sindical.

”Durante dois anos dei aula em escolas abandonadas pelo governo, com salas superlotadas, trabalhando exaustivamente por um salário risível e agora o governo vai me demitir sem qualquer indenização e pudor como se eu não fosse professora. Vai me tirar o direito de exercer a minha profissão. Junto comigo vão mais 21 mil professores... 21 mil trabalhadores demitidos!”

(Aline Messias, professora categoria O da zona norte de São Paulo)

“Passamos o ano inteiro dando o máximo para educar milhares de jovens, e o grande prêmio que recebemos é a demissão em pleno fim de ano. O governo quer acabar com o Natal de 20 mil famílias. É preciso lutar contra essa situação, por estabilidade e efetivação de todos professores categoria O: não podemos mais aceitar essa situação!”

(Regiane Souza, professora categoria O de Campinas)

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