Palavra Operária

Na assembleia ocorrida a pouco minutos os estudantes da USP rejeitaram o ultimato da reitoria que ao mesmo tempo que procurava mostrar-se disposta a negociar, vinha armando, como divulgou a toda imprensa, uma série de medidas para promover novas medidas administrativas contra os estudantes em luta.

A assembleia decidiu manter a ocupação e seguir com as medidas de luta pela retirada da polícia, retirada de todos processos administrativos e judiciais a estudantes e trabalhadores e pela revogação do convênio USP-PM.

O apoio ao movimento de ocupação é crescente, como se mostrou na massiva assembleia, bem como nas assembleias de história e letras. Estes cursos se somaram à ECA e FAU votando seu apoio à ocupação. Também cresce o apoio do movimento na intelectualidade, com dezenas de professores emitindo suas opiniões favoráveis ao movimento. Grupos de teatro também comperaçam a assembleia para demonstrar seu apoio.

O movimento que vai se massificando na USP é parte, inicial é certo, de uma juventude que se vê irmanada com a juventude do Chile e outros países. Lá como aqui a mídia ataca os estudantes de baderneiros e revoltosos, e tal como acontece em nosso país irmão os estudantes em luta precisam superar a burocracia estudantil para garantir a continuidade e massificação de seu movimento.

Um ponto alto da assembleia foi uma fala feita por uma companheira terceirizada que participou da luta da União no primeiro semestre deste ano, expressando o seu apoio e de suas companheiras a luta dos estudantes. Os estudantes, por sua vez, expressando como sua luta não é elitista mas pela retirada da polícia também das periferias e favelas votaram panfletagens em favelas próximas a USP.

Novamente a ampla maioria do DCE (PSOL) não compareceu a assembleia, mostrando novamente como querem trocar a luta pela expulsão da PM por uma negociação com a reitoria em como reformar o irreformável, a presença da polícia mais assassina do mundo na universidade. Mesmo com grupos influentes como o PSTU seguindo em sua política de ir contra a ocupação e a massificação da luta pela retirada da polícia os estudantes votaram contra a maior corrente da direção de seus centro acadêmicos na letras e na história e em apoio ao movimento.

A luta pela retirada da polícia da USP, pela retirada da polícia das periferias e favelas vai se tornando crescentemente um fato político nacional e que se propõe a questionar as heranças da ditadura na universidade e na sociedade. Os estudantes d USP hoje também denunciaram repetidas vezes como além de se valer do estatuo da época do AI-5 para perseguir estudantes e funcionários, Rodas é parte de uma estrutura de poder que tenta erguer monumentos na USP em homenagem a ditadura e esteve pessoalmente envolvido em inocentar os assassinos de Zuzu Angel, quando foi júri deste caso.

Fora PM da USP, periferias e favelas!
Pela retirada de todos processos administrativos e judiciais a estudantes e funcionários!

Todos ao ato pela retirada da polícia, hoje 08/11, 13hs em frente à reitoria

Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional

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