Domingo 19 de Maio de 2024

Internacional

FRENTE AO ANUNCIO DO MINISTRO BULNES

A luta continua: revitalizá-la e organizá-la a partir das bases, junto aos trabalhadores

01 Aug 2011   |   comentários

Ontem se realizou a segunda reunião entre a Confech, a Cones, o Colégio de Professores e o Ministério da Educação, na qual Bulnes entregou a reposta do governo ao rascunho de “acordo social”. O governo quer retomar a iniciativa para nos tirar das ruas! Agora quer posar de “dialoguista” e simula responder às nossas demandas. Não nos deixemos enganar. Em que consiste a resposta do governo? As propostas contidas no GANE, que já rechaçamos, se reafirmam. A única coisa nova é a proposta de reforma constitucional, um incerto “complemento” das contribuições de basais para as universidades e escolas e a revogação dos decretos que negavam nosso direito a organização. A reforma constitucional parecia ser a carta política central, porém é uma mudança de forma que não afeta concretamente o endividamento, a elitização, os altos impostos, etc. E mais. Centra-se no dever do estado de assegurar um sistema misto e assegurar a qualidade. Inclusive é servil ao modelo neoliberal! De conjunto o governo pretende polir esse mercado educativo com uma maior regulação, porém amarrando os pilares que justamente estamos questionando e para isso dão algumas migalhas e pronunciam palavras grandiloquentes. Além disso, é mantida a soma milionária que irá direto para os bolsos dos empresários da educação. Por isso, fazemos um chamado claro e contundente para rechaçar qualquer acordo com o governo.

Aqueles que dirigem a Confech, como as Juventudes Comunistas, Nova Esquerda, Autonomistas e a Concertação, defenderam que o fato se se sentar com o ministro é um avanço e inclusive alguns defenderam que é um dos primeiros triunfos. Desenvolveram essa semana uma frenética atividade de negociações e dialogo com os parlamentares e o governo. Por sua vezs, convocam mobilizações, porém como meras medidas de pressão para sua pauta minima e seus “ganhos”. Porém o animo de luta de todos os estudantes dá para muito mais. Não podemos deixar que o governo derrote essa histórica mobilização ou que seja desviada pelo parlamento!

Os chamados feitos pelos ditos coletivos populares, que por esses dias fizeram cortes de rua em diferemtes setores da cidade, tampouco estão sendo uma alternativa à política dessas direções. Por que são ações isoladas, que não vão no sentido de fortalecer o movimento, convencer mais companheiros, nem se unificar com os trabalhadores. Impulsionemos assembleias em unidade com os trabalhadores a partir de cada espaço local, com delegados revogáveis a todo momento!

Através Das armas da Crítica acreditamos que a única forma de dar um novo ar às mobilizações e triunfar nas nossas demandas é nos unificando aos trabalhadores a partir das mesmas bases. Vários setores mineiros estão mobilizados ou em estado de alerta, vimos mobilizações de diferentes sindicatos. Devemos nos organizar e nos mobilizar de forma conjunta. Para isso, exigimos à Confech, ao Colégio de Professores, à CUT etc, de convocar assembléias de base, resolutivas e em base a delegados eleitos e mandatados em cada lugar de estudo e trabalho, para discutir realmente uma pauta única (e não uma escrita no meio da noite entre quatro paredes como o “acordo social”), definir as ações a tomar, organizando um plano de luta que contemple uma verdadeira paralisação nacional unificada e organizada a partir das bases. Não podemos esperar até o fim de agosto, é necessário organizar agora a paralisação nacional. A direita já demonstrou o que é. Esperaremos que nos dê uma resposta favorável? Só com a força dos trabalhadores e estudantes poderemos arrancar poderemos arrancar nossas demandas, avançando para uma Segunda Reforma Universitária que coloque a educação a serviço dos trabalhadores e dos setores populares, que é a luta que defendemos a partir Das Armas da Crítica.

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