Palavra Operária

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Nesta sexta, 19 de março, mais de 30 mil professores entre efetivos e temporários estiveram na Av. Paulista para manifestar sua indignação diante da precarização e péssimas condições de trabalho, exigindo aumento salarial, melhores condições de trabalho e a estabilidade para todos os professores. A greve já dura duas semanas e este ato demonstrou que a categoria continua disposta a lutar contra a precarização da educação que vem impondo o governo Serra. A assembléia no vão livre do Masp deliberou a continuação da greve, e para a próxima sexta-feira, dia 26 de março, assembléia no Palácio do Governador Serra.

Grande bloco do Movimento Classe contra Classe mostra animação e combatividade!

O Movimento Classe contra Classe compôs um bloco combativo junto com professores da rede estadual, estudantes da Fundação Santo André, USP, Unesp de Rio Claro e Araraquara, Unicamp e trabalhadores da Sabesp, Metrô e da USP, que ao som da palavra de ordem: “Somos todos professores, efetivos e temporários, contra a precarização, igual trabalho, igual salário!”, contagiou muitos professores que demonstraram estarem ali para levar a greve à vitória sem baixarem a cabeça para o governo do estado, unidos entre efetivos e temporários. A presença dos estudantes universitários foi muito importante, expressando que a solidariedade à greve parte do reconhecimento de que a luta de hoje contra a precarização do trabalho dos professores corresponde ao futuro dos jovens que se tornarão professores. Ao som da palavra de ordem “Hoje são eles, amanhã seremos nós. Professor e estudante nossa luta é uma só”, os estudantes mostraram que estão dispostos a lutarem lado a lado dos professores por uma educação de qualidade e contra a precarização do trabalho. A combatividade expressa nas músicas fez com que muitos professores se incorporassem ao bloco, chegando a ter mais de 300 pessoas, entre professores de vários lugares como Santo André, Osasco, Rio Claro, Suzano, Salto, Araras, Campinas e, na capital, das regióes sul, oeste e norte.

"Nossa greve continua e o estado vai parar!"

Foi com esse canto, animados, que os professores e estudantes do bloco do Movimento Classe contra Classe encerraram o ato. A assembléia ocorrida no vão livre do Masp se transformou em uma grande marcha pela Av. Paulista e Consolação a caminho da Secretaria de Educação, impressionando aos olhos das pessoas que observavam e recebendo apoio dos que estavam de passagem nas ruas trabalhando ao longo do caminho. Para que esta greve seja vitoriosa, este espírito deve ser levado adiante nas escolas, chamando a unificação com pais e alunos, para ganhar o apoio da sociedade na defesa da educação. Os professores também precisam ir às escolas e votar delegados em assembléias para que a greve seja construída efetivamente pela base de professores. Também é necessário lutar para que as demandas dos professores temporários não sejam deixadas de lado pela direção do sindicato nas negociações. Os professores precarizados são quase metade da categoria e parte fundamental e ativa da greve. Mas também não podemos nos esquecer de que os planos de Serra para a educação estão ligados a um projeto de conjunto que o governo Lula também defende e implementa em nível nacional e por isso não podemos permitir que a direção do sindicato utilize nossa luta para fazer campanha para o govenro Lula e para Dilma. Nossa luta deve ser dirigida pelos professores e para conquistar vitórias reais!

Chamamos professores e estudantes a compor novamente com o movimento Classe Contra Classe um forte bloco no ato do dia 26 para gritar novamente: “Educação de qualidade. Melhor salário e estabilidade".

O Movimento Classe Contra Classe é composto por militantes da LER-QI e independentes.

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