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Nacional

28/01 Dia Nacional de Lutas no ABC Paulista

29 Jan 2015   |   comentários

Nós do movimento Nossa Classe nos somamos ao dia Nacional de Lutas contra os Ajustes convocado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em frete Scania, uma das principais montadoras da região. Estavam presentes cerca de 2000 trabalhadores em sua maioria da Scania, além de outras empresas como Arteb, Johnsons, Panecs e ZF. Segundo Wagnão, Mercedes e Volks participariam do ato em São Paulo, chegaram a falar em oito ônibus dessas montadoras para o ato centralizado na Paulista.

O sindicato dos metalúrgicos e as direções centrais da CUT estiveram presentes e afirmaram não aceitar as medidas de ajuste impostas aos trabalhadores por meio das MPs 664 e 665, porém em todas as falas colocaram como se fosse apenas um problema do Ministro Joaquim Levy, que segundo Sergio Nobre, secretário geral da CUT, “é reconhecido pela falta de sensibilidade com os trabalhadores” e que alertaram a presidenta sobre isso. Ou seja, os ataques nada têm a ver com o governo Dilma e o PT, que inclusive estava bradando suas bandeiras pelo ato.

Denunciaram a Karmann-ghia, pelo atraso no pagamento de 13º e dos salários dos trabalhadores, atrelaram essa situação a falta de incentivo fiscal as empresas, e não aos empresários que não reduzem um centavo do seu lucro para garantir o pagamento desses trabalhadores, que inclusive não paralisaram nesse dia Nacional de Luta.

O sindicato dos metalúrgicos fez importantes denúncias em relação a falta de água, as MPs que atingem diversos setores de trabalhadores, e chamaram esse dia de mobilização para demonstrar seu poder de paralisação. Porém, a saída que dão para os ajustes é o Plano de Proteção ao Emprego e incentivos fiscais às indústrias para que assim continuem gerando postos de trabalho, pois “se ajustes aos trabalhadores resolvessem as crises a Europa já teria saído da crise há tempos” como colocou Sergio Nobre. Fazem todo esse discurso sem ao menos colocar em xeque o governo que ajudaram a eleger, inclusive o diretor do sindicato dos metalúrgicos, Rafael Marques colocou “não há melhor governo do que o que está no poder”.

Para que os trabalhadores de fato possam enfrentar os ajustes impostos pelo governo Dilma, e os que ainda estão por vir, devem romper com essas direções sindicais burocráticas e se organizar desde a base a partir de plenárias regionais com delegados votados e revogáveis, para construir um sério plano de luta retomando os métodos da classe trabalhadora! Seguir o exemplo dos operários da Volkswagen, pois a vitória está na força união dos trabalhadores organizados em luta.

Não aos “ajustes” do governo Dilma!
Barrar as MPs 664 e 665!
Em defesa do emprego e dos direitos trabalhistas: demitiu, é greve!
Construir o Dia Nacional de Lutas com independência dos governos e patrões desde os locais de trabalho!
Por um plano nacional de lutas que unifique os trabalhadores de distintas categorias para enfrentar que a crise seja paga pelos trabalhadores!

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