Sexta 3 de Maio de 2024

Juventude

ELEIÇÕES SESO - UERJ

Vitória da Chapa Por Todxs Xs Amarildxs no Serviço Social UERJ!

17 Apr 2014   |   comentários

Na ultima semanas ocorreu um processo eleitoral histórico no Serviço Social da UERJ, mais de 300 (de 490 matriculados, incluindo pós) estudantes escolheram entre as chapas e sua forma de funcionamento, o que não ocorria h á sete anos . A chapa 1 Por Todxs Xs Amarildos foi eleita por 170 votos, contra 126 da Chapa 2 Estudantes, 159 votos a favor da proporcionalidade, contra 118 pela majoritariedade. Nós da Juventude Às Ruas e do Pão e Rosas (...)

Na ultima semanas ocorreu um processo eleitoral histórico no Serviço Social da UERJ, mais de 300 (de 490 matriculados, incluindo pós) estudantes escolheram entre as chapas e sua forma de funcionamento, o que não ocorria h á sete anos . A chapa 1 Por Todxs Xs Amarildos foi eleita por 170 votos, contra 126 da Chapa 2 Estudantes, 159 votos a favor da proporcionalidade, contra 118 pela majoritariedade. Nós da Juventude Às Ruas e do Pão e Rosas construímos a chapa junto a independentes e militantes do PSTU.

Derrotamos a Chapa 2, composta por independentes, militantes do PSOL, anarquistas e estudantes que se diziam “abertos a qualquer ideia, inclusive de direita”. Esta chapa esteve na contramão do que está mudando no país, inclusive no SESO-UERJ, não tratou os estudantes como sujeitos pois sequer defendia assembleias e titubeava se deveria ou não ligar-se as lutas dos trabalhadores fora da universidade. Nossa Chapa fez o oposto e além de obter a maioria dos votos contou com o apoio militante de dezenas de estudantes, sobretudo dos estudantes trabalhadores que se identificaram com nosso programa.

Esta vitória nas eleições é a consolidação de um processo onde vários companheiros de nossa chapa, sobretudo as companheiras da Pão e Rosas foram linha de frente em garantir, já desde o ano passado que houvesse aseembléias em nosso curso, que formássemos blocos nos atos de junho e depois em apoio aos professores em greve, bem como fomos ativos em lutar em apoio aos moradores da Mangueira contra sua remoção e em defesa de condições elementares para estudar em nossa universidade, ao ajudar a construir a “marcha dos sedentos”, em defesa de algo tão elementar mas indispensável em nossa universidade, água.

Batalhamos para colocar um dos garis do Rio na calourada, para expressar através das lições de sua heroica greve a força da classe trabalhadora e como esta aliada a juventude podem mostram as burocracias, governos e patrões que não tem arrego. Nossa campanha foi laranja, para homenagear a greve dos garis, por que eles mostraram que é possível vencer. UERJ, uma das universidades pioneiras no sistema de cotas raciais e sociais, mas que, no entanto, segue oferecendo obstáculos aos que passam pelo vestibular. Na cidade da Copa, a UERJ vai ceder seu espaço, para Globo e FiFA cancelando as aulas e ganhando milhões para isso, enquanto, os estudantes seguem diariamente sem água nos bebedouros, faltam salas climatizadas, falta moradia, creches para as mães, faltam mais de mil professores, não há bolsas de estudos para todos que precisam e que mês a mês é conivente com o não pagamento dos funcionários terceirizados. É necessário erguer um novo ME que lute por condições de ensino dignas e questione o atrelamento da universidade para a Copa das remoções, militarizações a serviços de empresários e empreiteiros.

Nós somos todxs Amarildxs , Claudias, Kaiques e durante toda nossa campanha buscamos mostrar que entendemos que estes estão dentro e fora das universidades, são mulheres, estudantes, trabalhadores, LGBTTIs, negrxs, usuários dos transportes lotados e dos serviços públicos precários, a juventude que saiu às ruas nas Jornadas de Junho, trabalhadorxs terceirizados, moradores das periferias e favelas, a juventude negra assassinada cotidianamente no país e por todxs estes queremos construir uma gestão que lute pela transformação radical da universidade, pelos milhares que não conseguem ultrapassar o filtro social que é o vestibular, que seja uma ferramenta de luta dentro e fora da universidade e se alie a classe trabalhadora.

Para dar estas grandes batalhas, abrir espaço para que os estudantes trabalhadores decidam os rumos de nosso curso e das mobilizações, e assim, desde nosso curso e centro acadêmico dar um exemplo para a transformação radical da universidade, que nossa chapa defendeu ativamente em seu programa, nos debates, um outro funcionamento para o CA, democrático, baseado na construção de assembleias e de uma gestão proporcional.

Nestas eleições a maioria dos estudantes escolheram pelas ideias da Chapa 1 e na proporcionalidade. Queremos com esta gestão que se inicia construir um C.A que seja parte da construção de um novo movimento estudantil onde cada estudante, sobretudo os que trabalham sinta-se parte desta construção e possa ter condições de refletir atuar e participar, pela construção de uma universidade a serviço da classe trabalhadora e para se colocar lado a lado desta na luta de classe. Por todxs xs Amarildxs e pela nossa classe!

Para construir um CASS de luta, aliado aos trabalhadores, democrático e pela base.

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