Sábado 18 de Maio de 2024

Internacional

SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AOS PRESOS POLÍTICOS E A LUTA PELA RETIRADA DA POLÍCIA

Solidariedade Internacional

08 Nov 2011 | Como parte da Fração Trotskista – Quarta Internacional que atua em distintos países sob a tradição do internacionalismo proletário. Nossos companheiros em diversos países tem discutido a situação na USP nas faculdades, escolas, locais de trabalho junto a diversos companheiros e planejado ações em solidariedade. Temos recebidos diversas manifestações de apoio de intelectuais, agrupações operárias, centros acadêmicos, grupos de direitos humanos, de mulheres do Pão e Rosas Argentina e México, diversas destas declarações já publicadas. Publicamos a seguir duas declarações da Argentina e outra do Chile.   |   comentários

Solidariedade aos estudantes da universidade de São Paulo

Na madrugada desta terça-feira, 8, mais de 400 policiais da Polícia Militar, helicópteros e um Grupo de Operações Especiais desalojou violentamente a ocupação da Reitoria da universidade que os estudantes da USP vinham protaganizando contra a presença da Polícia Militar no Campus Universitário. Esta brutal repressão contra a manifestação estudantil deixou o saldo de 70 estudantes presos, entre eles Diana Assunção, diretora do SINTUSP (sindicato dos trabalhadores da USP). Estes presos estão sendo sujeitos a uma fiança de R$ 1050 para serem liberados.

A presença da Polícia Militar na USP é para amedrontar e perseguir os estudantes e conta com o apoio da reitoria e da burocracia acadêmica com o argumento que “se preocupam” com a segurança da comunidade, enquanto são as assembléias de centenas de estudantes e reconhecidos intelectuais como Francisco de Oliveira e Luiz Renato Martins, professores da USP que rechaçam a presença Policial por considerá-la um salto na regimentação e militarização da vida acadêmcia na USP.

Rechaçamos a presença policial nas universidades de nosso continente. Denunciamos a política de criminalização do movimento que está sendo levada a cabo na USP, mas que também está se desenvolvendo nos países irmãos do Chile, onde os estudantes lutam por educação gratuita, ou no México com o recente assassinato de um jovem ativista pelas mãos de forças para-estatais.

Exigimos a liberdade imediata de todos os presos!
Fora a polícia militar da USP!
Basta de criminalizar e perseguir o movimento estudantil!

Primeiras assinaturas:
CECiM Centro de Estudantes de Ciências Médicas Universidade de Buenos Ayres (UBA)
CEP Centro de Estudantes de Psicologia UBA
CEV Centro de Estudantes de Veterinária UBA
CEI Centro de Estudantes de Engenharia UBA
CEFYB Centro de Estudantes de Farmácia e Bio-química UBA
Laura Casal e Cristian Henkel (Conselheiros Superiores UBA)
Corpo de Delegados de LAN Argentina SA (Aeroporto Jorge Newbery)
Agrupação de trabalhadores aeronáuticos El Despegue

Comissão Diretora do Sindicato Ceramista de Neuquén:
Secretario Geral Omar Villablanca
Secretario Adjunto: Andres Blanco
Secretario de Imprensa Cristian Mellado
Zulma Morales, Reinaldo Jiménez, Marcelo Morales pela Comissão Diretora.
(Cerâmica Zanon, Cerâmica Stefani e Cerâmica Stefani – Gestões Operárias – e Cerâmica Neuquén)
Alejandro Lopez deputado da FIT e Raul Godoy, integrante da bancada Operária e Socialista da FIT

Victoria Moyano, neta recuperada

Profesores e personalidades da cultura
Ana Glatzel (Psicóloga)
José Vazeilles (FFyL-UBA)
Juan Duarte (Cbc UBA/UNLP)
Alejandro Schneider (UBA-UNLP)
Juan Luis Hernández (FFyL-UBA)
Alejandra Glatzel (FSOC-UBA)
Luis Bartheborde (FSOC-UBA)
Gabriel Paissan (CONICET-UNCo)
Pablo Torres (psicólogo - Centro de Salud Mental Ameghino)
Fernando Lendoiro (diseñador gráfico, UBA)
Claudia Venturelli (FSOC-UBA)
Diego Martínez (Izquierda Socialista)
Omar Genovese (escritor)
Natalia Rizzo (artista)
Eduardo Mileo (escritor)
Cristina Guzzo (Doctora en Letras-Arizona State University )
Daniel Gaido (UNC-CONICET)


Chile. 08 de Novembro de 2011.
Solidariedade internacional com os estudantes, profesores e funcionários da universidade de São Paulo do Brasil

No dia de hoje, 8 de novembro, a polícia militar do Brasil entrou violentamente com mais de 400 efetivos das forças especiais para desalojar a reitoria da Universidade de São Paulo que centenas de estudantes mantinham ocupada a alguns dias. Eles estão lutando pela autonomia universitária, contra a entrada da polícia, contra a perseguição aos lutadores e contra a reitoria que permite a entrada da polícia para reprimir os estudantes (como foi a prisão dos jovens no campus universitário pela polícia que iniciou a luta). Na investida policial, entrando com caminhões e militarizando a universidade foram detidos quase 100 companheiros e companheiros. Expressamos nossa total solidariedade e exigimos a liberação imediata dos companheiros presos.

Aqui no Chile onde centenas de milhares de estudantes secundaristas e universitários estamos em luta a quase 6 meses com ocupações de universidades, de escolas, paralisações e as maiores manifestações nos últimos 20 anos, nos mobilizamos contra a educação de mercado da ditadura de Pinochet e pela conquista da educação gratuita. Sabemos como os governos com sua polícia, a repressão, as prisões, os abusos e torturas nas delegacias (como ocorreram em nosso país) tentar cortar a organização combativa dos estudantes aplicando a repressão. Inclusive com o assassinato que realizaram aqui do companheiro secundiarista Manuel Gutiérrez, morto pela polícia em um dia paralisação nacional. Mas nascemos como juventude sem medo, que quer levar as reivindicações até o fim. E não estamos sozinhos. Sua luta também é nossa luta, e a nossa a sua, como parte de uma mesma geração mundial que começa a colocar-se de pé novamente. Assim o mostraram os estudantes da USP e de outras universidades mostrando o apoio e a solidariedade com a luta no Chile, inclusive batizando algumas de suas ocupações de faculdade com o nome de Manuel Gutiérrez.

Cristian Vilches: secretário executivo da Federação de Estudantes da Universidade Católica do Norte, Antofagasta. Beatriz Bravo: Conselheira da FECH da Faculdade de Filosofía e Humanidades da Universidade do Chile. Gabriel Muñoz: coordenador de estudantes de História dla U. do Chile. Valeria Yañez: conselheira da FECH da Escola de Teatro da U. do Chile. Nathaly Espinoza: porta-voz do corpo de delegados de Psicologia UCN, Antofagasta. Ricardo Hernández, porta-voz das escolas técnico-profissionais de Quilpué. Partido de Trabajadores Revolucionarios - Clase contra Clase. Agrupação Pan y Rosas. Agrupação estudantil Las Armas de la Crítica.


Intervenção na universidade como nos tempos dos porões da ditadura

Uma madrugada de Cacetetes na Universidade de São Paulo

Na manhã de hoje um operativo da Policia Militar com mais de 400 policiais, Grupo de Operações Especiais da Policia (GOE, helicópteros, desalojaram a ocupação estudantil da Reitoria da universidade. Esta ocupação foi uma manifestação do movimento estudantil em repúdio a presença da Polícia Militar no campus, autorizada por um convênio entre a reitoria e esta força repressiva. Frente ao assédio e perseguição da PM aos estudantes, assembleia estudantil resolveu ocupar a Reitoria para exigir o fim imediato do convênio com as forças repressivas da USP. Contaram com o apoio do Sindicato dos trabalhadores da USP (USP) e de reconhecidos professores como Francisco de Oliveira e Luiz Renato Martins.

Como uma universidade sob a ditadura militar, a policia depreendeu uma brutal repressão sobre o Campus com bombas de gás lacrimogêneo no Crusp e invasões policias em várias unidades didáticas.

A universidade é dos estudantes, docentes e trabalhadores, não é da policia. É um escândalo que a entrada da policia seja legitimada pelo reitor da universidade. Os meios de comunicação informaram que a PM invadiu por ordens e aval de Grandino Rodas (Reitor da USP). A Reitoria aprova a repressão e desocupação quando estava de pé uma mesa de negociação para discutir a presença da PM no campus, mostrando sua intransigência e rompimento com as negociações, sua intenção de fazer da universidade um verdadeiro quartel general.

Desde a Juventude do PTS rechaçamos a presença policial nas universidades de nosso continente. Nossa agrupação irmã no Brasil a LER-QI vem sendo linha de frente no enfrentamento aos ataques da policia contra a burocracia acadêmica. Denunciamos a política de criminalização do movimento estudantil que esta sendo feita na USP, que também vemos acontecer em países irmãos como no Chile, onde lutam por uma educação gratuita, e no México com o recente assassinato de um jovem ativista nas mãos de bandos paramilitares.

Defendemos a autonomia universitária e defendemos uma universidade livre da policia, da repressão e repercussão política.

Chamamos as organizações estudantis como a FUBA e Centros Acadêmicos, organizações políticas e sociais, de direitos humanos, a denunciar energicamente esta ofensiva repressão sobre o movimento estudantil da America Latina. Que se realizem atos e assembléias em cada universidade para difundir e conscientizar sobre este problema.

Juventude do PTS

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