Quarta 1 de Maio de 2024

Internacional

PROTESTO EM CHARTRES

Reforma das Aposentadorias: a revolta não afrouxa!

05 Nov 2010   |   comentários

escrito em 29 de outubro

Uma forte mobilização em Chartres

Ainda com a marcha tendo menos manifestantes em relação ao 19 de outubro, esta era muito numerosa, com mais de 4000 manifestantes determinados a não afrouxar na reunião desta manhã em Chartres. Ao longo de todo percurso pudemos escutar: “não nos roubarão dois anos de nossa vida. Frente à ofensiva do governo, estejamos juntos nas ruas, contunuaremos a luta”. Já nas organizações sindicais, o discurso se debilita. “Por mais que o governante tem deveres, não existe legitimidade nem o direito de fazer com os trabalhadores paguem pela crise financeira”. Ao passar pelo depósito SNCF de Chartres, as colunas foram recebidas por um concerto de buzinas de locomotivas de trem, organizado por ferroviários em greve, ponta de lança do movimento no distrito. A manifestação terminou em frente à prefeitura d’Eure et Loir com discursos.

Lutemos!

Este governo quer terminar rápido com esse reforma das aposentadorias e assim evitar a confraternização dos trabalhadores europeus que sofrem com os planos de austeridade. As fortes mobilizações dessas últimas semanas demonstraram a tomada de consciência dos trabalhadores e da juventude. Tudo que acontece atualmente na França, passa para muito mais além de nossas fronteiras, pois o epicentro da crise é a Europa. O governo Sarkozy entendeu isso muito bem. Com uma enorme brutalidade, corrompendo a democracia, votando rapidamente esta reforma por força parlamentar, negando o direito de greve e atacando, com a ajuda de sua polícia, os trabalhadores para tentar abaixar a moral destes, Sarkozy tentava debilitar o movimento. Este, porém, vem se radicalizando. Isso ilustra a debilidade de Sarkozy e de seu governo para dirigir a crise capitalista.
As mobilizações devem continuar!

A reforma das aposentadorias chega num momento decisivo. Se queremos ganhar do governo e impedir que Sarkozy promulgue essa lei, será necessário estruturarmos mais, coordenar a luta em todos os níveis. Os trabalhadores e a juventude devem dotar-se de uma ferramenta com o objetivo de levar à frente sua própria luta, idênticas às coordenações estudantis durante a luta do CPE. Sendo em breve a próxima jornada de mobilizações, dia 6 de novembro de 2010, alguns setores em greve há vários dias retornaram temporariamente ao trabalho. A luta não está em retrocesso. É necessário seguir mantendo pressão nos serviços públicos, nas empresas privadas, nos bairros, em todas as partes, como seja possível, organizar as Assembléias Gerais, paralisações. Lutemos pela perspectiva da construção de uma greve geral. Não esperemos 2012 para acabar com Sarkozy e seu governo!

Saudações sindicais e revolucionárias,

Manu (CGT Philips Dreux)

Artigos relacionados: Internacional









  • Não há comentários para este artigo