Proposta pelos direitos da mulher trabalhadora
02 Jul 2008
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Por: Sheila Diaferia
Todos os problemas do sistema capitalista se apresentam de forma mais dramática na vida das mulheres trabalhadoras. Se hoje estamos no mercado de trabalho é porque esse sistema se aproveita da opressão da mulher e também dos negros e negras para explorar ainda mais. Sofremos com a dupla jornada de trabalho, que nos golpeia, por termos que cuidar da família e da casa, ao mesmo tempo que trabalhamos fora de casa, precarizadas e com os piores salários. Além disso, o mesmo Estado, com a burguesia, coloca de forma violenta suas mãos sobre nossos corpos, querendo nos proibir de tomar a decisão elementar sobre ter um filho ou não. Colocam a polícia assassina para perseguir as mulheres que fazem aborto, como no caso do Mato Grosso do Sul, e ao mesmo tempo os patrões demitem as trabalhadoras que engravidam. E para toda essa ofensiva reacionária contam com o apoio da Igreja Católica e até de Heloísa Helena do PSOL que faz campanha contra o direito ao aborto. É preciso dizer basta a tamanha hipocrisiae organizar as mulheres trabalhadoras desde seus locais de trabalho e sindicatos para impulsionar uma grande campanha pelo fim da dupla jornada e em defesa das trabalhadoras precarizadas! É por isso que eu, mulher trabalhadora e revolucionária, considero fundamental dar essa batalha e defender que essas resoluções apresentadas no Encontro de Mulheres da Conlutas também sejam votadas neste I Congresso, para serem implementadas de fato.
Apoio e proponho as resoluções aprovadas pelo Sintusp:
– Campanha em defesa do direito ao aborto público, seguro e gratuito!
– Campanha nacional de saúde, educação sexual e fornecimento gratuito de contraceptivos!
– Repúdio à reacionária campanha de Heloísa Helena e da Igreja Católica contra o direito ao aborto!
E propomos também:
– Salário igual para igual trabalho entre homens e mulheres.
– Fim da dupla jornada de trabalho. Por creches, lavanderias e restaurantes comunitários em bairros e locais de trabalho, garantidos pelo Estado e a patronal.
– Direito à maternidade. Atendimento médico gratuito e de qualidade durante a gestação, o parto e pós-parto.
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