Segunda 6 de Maio de 2024

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PROGRAMA

Os trabalhadores necessitam de uma nova direção

15 Nov 2008 | Preparada com um programa de ação que unifique as fileiras da classe trabalhadora em luta contra os ataques dos capitalistas   |   comentários

A classe trabalhadora precisará constituir também uma nova direção, combativa, classista, ou seja, consciente de que devemos confiar apenas em nossas próprias forças, nunca em alianças com setores capitalistas ou governos burgueses. Uma vanguarda que esteja armada de uma estratégia de independência de classe, para que os sindicatos e organizações de luta sejam verdadeiros “quartéis-generais” da luta proletária contra o conjunto dos capitalistas e seu Estado.

A Conlutas representa o mais progressivo desse processo de reorganização de uma vanguarda antigovernista e combativa, que mesmo com debilidades estratégicas, programáticas e práticas tem como reserva ativistas e dirigentes com a possibilidade concreta de se constituir como esta nova direção que esteja à frente das massas trabalhadoras, contra a classe capitalista e também contra os burocratas sindicais. Superando suas debilidades, assumindo as responsabilidades do momento, os sindicalistas e ativistas da Conlutas podem e devem dar um passo à frente. Para preparar uma verdadeira frente única operária que reúna os sindicatos e organizações de luta, com um programa classista e métodos combativos, a Conlutas está chamada a tomar a iniciativa de convocar o mais breve possível um Encontro Nacional de trabalhadores e organizações de luta ’ chamando a eleger delegados em fábricas, bancos, empresas - que debata e vote o programa de ação a ser levado às bases dos trabalhadores nos sindicatos, incluindo os que estão sob a direção da CUT e demais centrais, pois devemos exigir desses dirigentes que assumam a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo pobre. A Conlutas poderia convocar setores da Intersindical a incorporar esse Encontro, junto com organizações estudantis e dos movimentos sociais, para com a participação de milhares de trabalhadores e ativistas votar democraticamente as ações efetivas para avançar na constituição da frente única dos sindicatos e organizações de luta por um programa de ação operário e popular para enfrentar os planos capitalistas. Assim fortalecidos os sindicatos e organizações combativas estariam em melhores condições para exigir das centrais sindicais, em particular da CUT, que assuma este plano de lutas.

* contra os ataques patronais (férias coletivas, licenças, suspensões de contratos e demissões): garantia de emprego, nenhuma demissão, férias coletivas ou outras medidas, incorporação de todos os terceirizados e precarizados com salários e direitos iguais, pois precisamos unir todos os trabalhadores para aumentar nossas forças;

* punição das empresas que demitam, expropriando-as e estatizando-as para que sejam administradas pelos trabalhadores a serviço dos interesses do povo e não do lucro;

* nenhum centavo do governo para as empresas que sempre lucraram e agora se aproveitam da crise para demitir, impor férias coletivas e seguir lucrando;

* contra o desemprego atual e o seu agravamento: dividir as horas de trabalho entre todos os empregados e desempregados, diminuindo a jornada sem reduzir o salário (trabalhar menos para que todos trabalhem);

* contra o aumento dos preços dos aluguéis e gêneros de primeira necessidade, que atingem a maioria assalariada: reajuste mensal automático de acordo com o aumento do custo de vida;

* contra o arrocho salarial: reajuste geral dos salários para garantir salário mínimo do Dieese;

* para obter verbas para educação, moradia, saúde, transporte, lazer, salários dos funcionários públicos e serviços públicos para todos: não pagamento dos detentores de títulos das dívidas interna e externa que consomem mais de R$ 1 trilhão por ano; reestatização dos serviços e das empresas privatizadas, com gestão operária e popular;

* para acabar com a farra dos capitalistas e dos governantes que tudo escondem da sociedade para chantagear com a crise: fim do sigilo comercial, industrial e financeiro, que a contabilidade das empresas sejam conhecidas pelos trabalhadores e a sociedade para sabermos quem nos rouba e como se pode combater a fraude contábil e a corrupção que desperdiçam os recursos nacionais em prol de uma minoria parasita;

* contra a fuga de capitais e a especulação com as importações e exportações: monopólio estatal do comércio exterior;

* para garantir o controle das finanças públicas, crédito barato e investimentos: estatização sem indenização do sistema financeiro, constituição de um banco único estatal, público e controlado pelos trabalhadores e suas organizações;

* contra a especulação com a produção agrícola, o aumento dos preços e para acabar com a fome: expropriação dos latifúndios, distribuindo terras a quem deseja trabalhá-la sem explorar o trabalho de outros, e das agroindústrias para revertê-las em produção coletivizada, planificada e controlada pelos trabalhadores agrícolas e pequenos produtores;

* para garantir a soberania nacional: ruptura dos tratados estrangeiros, comerciais e financeiros, com os países e órgãos imperialistas que sugam os recursos nacionais e submetem o país aos interesses dos capitalistas.

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