Sexta 3 de Maio de 2024

Movimento Operário

GREVE DOS CORREIOS

Mais uma TRAIÇÃO do PCdoB e do PT

06 Apr 2008   |   comentários

  • Foto assembléia dos correios

Dia 31 de março estourou mais uma greve convocada pela Federação Nacional dos correios (Fentect) sob forte pressão dos trabalhadores, já que o governo Lula e a direção da empresa não cumpriram o acordo da greve passada: pagar o valor integral da periculosidade (30% do salário), que é uma reivindicação elementar dos carteiros frente à péssima condição de trabalho e ao alto risco que correm nas ruas. Outra reivindicação era a renegociação da PLR, que hoje é de R$ 160,00, enquanto a empresa lucrou R$ 829 milhões!

Diante desse cenário de super-exploração, pressionados pela base, e o sindicato de São Paulo, dirigidos pelo PCdoB (CTB), fez de tudo para que os ares radicalizados da greve do ano passado não soprassem novamente. Convocou assembléias na zona norte da cidade, em local fechado e distante para isolar os trabalhadores da população e garantir assembléias esvaziadas. Além disso, garantiram a sua política com bate-paus controlando a entrada na assembléia e no carro de som; métodos dos pelegos na época da ditadura. Porém a base impós a sua vontade, votando para que as assembléias fossem na Sé, como já é tradicional.

Rapidamente, o sindicato fechou um acordo com o governo que garante os 30% somente pelos próximos 3 meses (!), deixando para junho a próxima negociação desse direito e do reajuste da PLR. A direção do PCdoB novamente traiu os trabalhadores, fechando um acordo que não garante sequer a estabilidade das poucas conquistas que obtiveram.

A estratégia de destituir os traidores do sindicato através da justiça burguesa já se provou equivocada. Por isso, a Conlutas e os que querem lutar seriamente pelos direitos dos trabalhadores devem organizar em cada local de trabalho a discussão de formas de luta, elegendo delegados para um verdadeiro comando de greve, que expresse a vontade da maioria, única forma essa de dar à luta uma direção representativa. Esse é o caminho para os ecetistas organizarem o movimento, passar por cima da direção traidora e obter vitórias reais na próxima mobilização.

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