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MENDOZA – ARGENTINA

Lei da FIT: salário mínimo a $ 9 mil pesos

22 Sep 2014   |   comentários

Após os anúncios da presidente da Nação, a Frente de Izquierda y de los Trabajadores (FIT) – composta pelo PTS, PO e Izquierda Socialista – apresentou na Assembleia Legislativa de Mendoza um projeto de lei que estabelece aumento de emergência de $ 3 mil pesos (aproximadamente R$ 850) e fixa o salário mínimo vital e móvel em $ 9 mil pesos (aproximadamente R$ (...)

Izquierda Diario – Sábado, 20 de setembro de 2014 – Edição do dia – Após os anúncios da presidente da Nação, a Frente de Izquierda y de los Trabajadores (FIT) – composta pelo PTS, PO e Izquierda Socialista – apresentou na Assembleia Legislativa de Mendoza um projeto de lei que estabelece aumento de emergência de $ 3 mil pesos (aproximadamente R$ 850) e fixa o salário mínimo vital e móvel em $ 9 mil pesos (aproximadamente R$ 2.550,00).

O projeto foi apresentado na sexta-feira, 19, por Nicolás del Caño, Cecilia Soria, Noelia Barbeito e Héctor Fresina.

Segundo Del Caño [o deputado federal do PTS-FIT], o aumento de preços dos produtos de primeira necessidade e a consequente queda do salário real dos trabalhadores ativos e inativos da Argentina são argumentos suficientes para este reajuste de emergência e para a elevação do salário mínimo para $ 9 mil pesos. A esse respeito, disse: “O anúncio de aumento do salário mínimo para $ 4.400 pesos – em torno de R$ 1.250,00 – (e $ 4.700 pesos para janeiro) é uma nova de tirar do bolso dos trabalhadores dando um reajuste abaixo dos níveis de inflação e do reivindicado por todas as organizações sindicais, sejam oficialistas ou opositoras”.

“Quem pode viver com $ 4.400 pesos por mês? Hoje o custo de vida familiar [renda mínima necessária para uma família composta por dois adultos e dois menores de idade, com casa própria] está calculado em mais do dobro do salário mínimo estabelecido pelo governo. A desvalorização da moeda, que elevou o dólar para mais de $ 8 pesos, constitui um golpe feroz sobre a condição social e trabalhista de trabalhadores e aposentados.”

De sua parte, a senadora Barbeito [do PTS-FIT] acrescentou que “a isso se deve somar os diversos tarifaços na luz, água e combustíveis. Estes aumentos foram impostos pelos acordos com as multinacionais petroleiras após o pacto confidencial com a Chevron que garantiu a esses monopólios o preço internacional dos derivados de petróleo e a evolução dos preços de acordo com o dólar, o que fez disparar os aumentos”.

Barbeito também se referiu à situação da empresa metalúrgica IMPSA ao assinalar que “o governo nacional pretende salvar os negócios de Pescarmona, um dos quarenta homens mais ricos do nosso país. Oferece-lhe a possibilidade de estatizar sua dívida sem ao menos exigir que abra os livros de contabilidade para verificar quanto ganhou na última década”.

“O ministro [do Trabalho] Tomada negocia a outorga de planos Repro [subsídio de até $ 2 mil pesos que o governo paga aos trabalhadores, por até 12 meses, para as empresas manterem o nível de emprego], mas não diz nada sobre exigir à IMPSA que readmita os mais de cem operários que despediu, deixando suas famílias na rua neste ano. Para este governo as dívidas e a crise têm que ser pagas com o esforço de todos, enquanto os lucros são disfrutados apenas pelos empresários.”

Do mesmo modo, a autora do projeto, a deputada do PTS-FIT Cecilia Soría, que já apresentou um projeto para proibir demissões e suspensões de contratos no estado, indicou que “segundo os próprios dados oficiais, Mendoza é um dos estados com os piores salários. Para os trabalhadores registrados, a média salarial é de $ 6 mil pesos, sendo ainda mais baixo para as mulheres. Se contamos os trabalhadores precarizados ou diretamente sem registro, que somam uns 32% em Mendoza, segundo o Indec [instituto nacional de estatísticas], temos um salário médio de $ 3.500 pesos, muito distante do custo de vida familiar”.

“A inflação de 40% dissolve os aumentos salariais e deteriora o poder aquisitivo do salário dos trabalhadores.” E finalizou: “Por isso, propomos estabelecer um aumento de emergência, um salário mínimo vital e móvel próximo ao custo de vida familiar e a equiparação da aposentadoria mínima com esse mínimo universal de subsistência. Ao lado disso, mecanismos de atualização salarial que neutralizem a inflação”.

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