Palavra Operária

Ontem, dia 11 de fevereiro, foi realizado um ato em solidariedade à luta dos trabalhadores e da juventude egípcia, em frente ao prédio da Gazeta na Av Paulista no qual participaram delegações da comunidade árabe, do PSTU, PSOL, PT, CUT, Conlutas, Intersindical, entre outras correntes menores. Nós da LER-QI, junto aos independentes do bloco ANEL às Ruas e do grupo de mulheres Pão e Rosas, participamos com uma coluna muito animada, que puxou os principais cantos que expressavam nossas posições diante do processo revolucionário no Egito.

No dia mesmo do ato tomamos conhecimento de que Mubarak havia caído pela força revolucionária das massas e havia fugido do Egito. Esse é um importante triunfo das massas e um primeiro passo para acabar com a opressão e exploração do povo egípcio. Porém, frente à queda do ditador, o vice presidente, uma junta militar que continuem a ditadura, ou mesmo uma democracia burguesa fantoche do imperialismo, não dará saída para as demandas mais sentidas dos trabalhadores e da juventude, que ainda não foram atendidas. Somente o poder operário pode oferecer essa saída. Por isso, cantamos “Olê, olé, olé, olá! Abaixo o governo militar! Por um Egito operário e popular!” e “Lá no Egito eu quero ver, trabalhadores no poder!”, e cantamos ainda: “Fora Ianques, Fora Ianques! Fora militares, trabalhadores adiante”. No sentido de mostrar como a referência de luta do Egito, que se soma à da Tunísia, deve ser um exemplo e se generalizar pro conjunto do mundo árabe, influenciando e dando novo fôlego à luta do povo palestino contra o Estado assassino de Israel, cantamos também: “Israel, pode esperar: a sua hora vai chegar!”

Simone Ishibashi fez uma saudação em nome da LER-QI , colocando era preciso "partir desta conquista do povo egípcio para ir por mais, negando o desvio que está sendo gestado através do governo militar que é apoiado pelo imperialismo norte-americano, e que já anunciou que sustentará os acordos internacionais, inclusive com Israel. É preciso seguir as greves, rumo a uma greve geral política, e seguir lutando pela instituição de um governo operário e popular. Só assim este triunfo será de fato completado"

Esse ato foi uma iniciativa que deve ser ampliada, e as organizações sindicais e de esquerda devem colocar todo o seu peso, já que a luta do povo egípcio não terminou, está apenas começando. Por isso, chamamos o conjunto da esquerda a tomar com muito mais força e centralidade essa campanha, demonstrando um internacionalismo militante que vê o Egito como um grande exemplo de luta dos trabalhadores e da juventude contra a crise capitalista.

Fora Suleiman! Fora junta militar! Não à falácia da transição democrática!

Por uma greve geral política que coloque a classe trabalhadora no centro da cena!

Pela ampliação dos comitês populares para dar o golpe decisivo ao regime!

Pela constituição de milícias operárias e populares para a auto-defesa das massas!

Por uma Assembléia Constituinte Revolucionária!

Contra a intervenção do imperialismo e as negociações com Obama!

Por uma ampla campanha internacionalista em solidariedade ao povo egípcio!

VEJA O VÍDEO DO ATO:

Artigos relacionados: Internacional