Palavra Operária

Na noite da quinta-feira passada (7/05), foram gravemente feridos José Luis Ramírez, Noé Lucio, estudantes da Escuela Nacional de Trabajo Social (ENTS) da UNAM e Maira Valenzuela, estudante da UPN, baleados nas imediações da faculdade por Rodolfo Hernández. Este provocador chegou ao lugar dos fatos acompanhado por cinco agressores armados com paus e correntes, segundo declararam várias testemunhas.

Como é do conhecimento de todos na ENTS, Rodolfo Hernández manifestou em reiteradas ocasiões seu apoio às autoridades universitárias e, em particular, ao diretor Carlos Arteaga, que um dia antes ameaçou publicamente expulsar vários ativistas, como Francisco de Anda, que se opuseram à sua reeleição. Na quinta-feira cedo Rodolfo Hernández e seus comparsas já procuravam José Luis Ramírez e Francisco de Anda.

Esta planejada agressão se enquadra na escalada de violência contra estudantes que nas últimas semanas tem tomado dimensões escandalosas, cuja expressão mais bestial foi o assassinato do companheiro Noel Pavel González da Faculdade de Filosofia e Letras. A execução impune destes crimes políticos é a conseqüência mais recente do clima de perseguição e calúnias contra o ativismo promovido pelas autoridades da UNAM. Enquanto em nível nacional continua a repressão contra as comunidades indígenas em Chiapas, os presos políticos, a impunidade para os assassinos da guerra suja e nada se sabe dos desaparecidos.

Chamamos a comunidade universitária, os organismos de Direitos Humanos, as organizações sindicais, políticas e sociais a se pronunciarem energicamente junto com os abaixo-assinados, contra estas agressões criminais para colocar-lhes um paradeiro. Exigimos o esclarecimento destes fatos e o castigo para os responsáveis.

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