Quinta 16 de Maio de 2024

Internacional

A luta dos metroviários de Buenos Aires por um sindicato classista.

11 Feb 2009   |   comentários

Enquanto fechávamos este Suplemento, nossos companheiros do PTS participavam de uma importante luta levada a frente pelo corpo de delegados do metró de Buenos Aires. Na luta por um sindicato classista, estes trabalhadores estão realizando um plebiscito, consultando todos os metroviários sobre a criação de um novo sindicato que defenda os trabalhadores. No primeiro dia de votação, na Linha D do metró, a burocracia sindical do atual sindicato que lhes representa, levou seus bate-paus para tentar melar o plebiscito e intimidar os lutadores. A resposta da categoria foi contundente: paralisação de todas as linhas do metró. Raul Godoy comenta essa luta:

Raul Godoy: Justamente ontem estive junto aos companheiros do metró que vem lutando há vários anos com sua pauta de reivindicações. Eles conseguiram com sua luta a Jornada de 6 horas, a insalubridade e o aumento dos salários, superando todos os tetos impostos pela burocracia sindical e o governo, assim como a incorporação nas fileiras dos efetivos de vários setores de companheiros terceirizados que passaram a ter o mesmo convênio. Mas essa luta também é uma luta exemplar, que tem que ser assimilada pela vanguarda operária e popular. Isso faz que sejam atacados permanentemente pelo governo, a patronal e a burocracia sindical, que os querem dobrar. Por isso os trabalhadores, baseados em sua conquista anterior, o corpo de delegados combativos, tem decidido aprofundado a organização desde a base, construindo um sindicato próprio. É fundamental o peso que tem os companheiros na Capital do país, onde há mais de um milhão e meio de usuários que diariamente utilizam o serviço do metró e isso faz que constituam uma força social muito forte.
Desde Zanon nos fizemos presentes com nossa solidariedade e foi muito emocionante o recebimento por parte dos companheiros cantando: “unidade dos trabalhadores, e quem não gostar, que se foda, se foda!” e "se vai acabar a burocracia sindical".
Com o corpo de delgados e os trabalhadores do metró demos numerosas lutas em conjunto e agora temos o desafio de buscar a coordenação nacional junto a numerosos sindicatos e delegados independentes da burocracia que há em todo país
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Raul Godoy é dirigente de Zanón e do Sindicato Ceramista de Neuquén (Argentina), e dirigente do PTS da Argentina, organização irmã da LER-QI

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