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1º de Maio na Alemanha

05 May 2012   |   comentários

Na Alemanha, iniciam as negociações do contrato coletivo para os dois milhões de trabalhadores do setor metalúrgico. Neste contexto, as manifestações sindicais no primeiro de maio foram maiores que em anos anteriores.

O atual crescimento econômico leva setores importantes do movimento operário a reivindicar melhoras salariais, já que as burocracias sindicais pactuaram com um estancamento salarial absoluto desde o começo da crise econômica mundial para ajudar o capital alemão. Agora, os burocratas têm que mostrar algo mais combativo em seu discurso diante de um sentimento generalizado de que os trabalhadores deveriam receber parte do enorme lucro dos capitalistas. Este sentimento se expressou também nas marchas do Dia Internacional dos Trabalhadores organizadas pela Confederação Sindical DGB, tradicionalmente muito burocratizada e bem pequenas. Assim, em Berlim vimos milhares de trabalhadores na marcha sindical, pela manhã, notavelmente maior que nos anos anteriores.

Militantes da Organização Internacionalista Revolucionária (RIO – siglas em alemão) seção simpatizante da Fração Trotskista – Quarta Internacional, participaram com uma coluna classista organizada por distintas corrente da esquerda radical.

Às seis da tarde teve uma marcha pela revolução social com mais de 15 mil pessoas. Há 25 anos, no 1º de maio de 1987, ocorreram distúrbios no distrito de Kreuzberg, na Berlim Ocidental. Desde então é feita uma marcha revolucionária em todo 1º de maio. Também esta marcha foi significativamente maior que as dos anos anteriores.

A marcha revolucionária foi acompanhada por um contingente de 7 mil policiais que atacaram os manifestantes numerosas vezes e dissolveram a marcha às nove da noite, muito antes de chegar ao distrito do governo, ainda que o trajeto tivesse sido aprovado pela própria polícia.Na situação atual é óbvio o motivo pelo qual o imperialismo alemão quer proibir uma assembleia anticapitalista em sua capital, sobretudo porque se mostra um forte sinal de solidariedade com os trabalhadores em luta contra o imperialismo alemão em toda a Europa (por exemplo, tocou “A Internacional” em grego para solidarizar-se com as lutas na Grécia).

RIO se fez presente nas cidades de Berlim, Munique e Saarbrücken, com universitários, secundaristas do grupo “Red Brain” (cérebro vermelho) e alguns trabalhadores, entre eles os do hospital Charié que estiveram 13 semanas em greve, no final do ano passado.

Apresentamos o terceiro número da revista político-teórica “Klasse Gegen Klasse”, disponível em www.klassegegenklasse.org.

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