Palavra Operária

24-8-2011

As mobilizações, paralisações e ocupações dos estudantes nos últimos três meses mostram a força da luta contra o Chile patronal.

Com a Paralisação Nacional convocada pela CUT, os trabalhadores com salários de fome, trabalho instável, abusos patronais, sem direito à saúde, educação ou a habitação, salvo pagando ou endividando-se, podem somar-se a esta luta por nossos direitos.

O governo fez tudo para que os trabalhadores não possam somar-se: ameaçou com a repressão e a aplicar a Lei de Segurança Interior de Estado; ameaçou com descontos; recordou o golpe. A Concertación anunciou que apoiava, ainda que fossem eles mesmos no governo os que aprofundaram a obra da ditadura e governaram para os patrões.

E os dirigentes da CUT (PS-PC) nada fizeram para assegurar uma Paralisação nacional efetiva: não convocaram as assembléias de base; não asseguraram o bloqueio da entrada aos locais de trabalho; não mobilizaram suas bases e dirigentes: os panelaços da CUT foram apenas um punhado de dirigentes. Não só isso. Para as mobilizações de quinta-feira, 25/8, chamam uma marcha comum e depois instam para que se disperse pelos territórios. Isto não fará mais que debilitar a força da mobilização.

Cada universidade e colégio debe manter-se em ocupação e paralisação, com barricadas e panelaços, de forma indefinida até impor a educação gratuita agora e todas as nossas demandas.

A repressão policial e as ameças do Governo buscam intimidar-nos. Para parar a repressão debemos fazer como a Assembléia de Filosofia da Universidade do Chile que votou uma comissão de auto-defesa contra a repressão dos policiais (Carabineros) e cortou as ruase m apoio à paralisação dos trabalhadores e por suas próprias demandas. Também se levantam barricadas de trabalhadores e povoados de La Granja, e mobilizações de estudantes e trabalhadores como em Maipú e Pedro Aguirre Cerda. São exemplos de como lutar trabalhadores e estudantes! Há que fazer assembléias nos locais de trabalho, universidades e colégios, planificar as medidas de ação, coordenação e a mobilização para que esta quinta-feira, dia 25/8, se transforme em uma paralisação efetiva com mobilização unificada e de combate contra o governo e suas medidas!, não como Martínez e Gajardo que chama somente a movilizar-se os dirigentes, chama a mobilizações divididas e a dispersar-se.

Desde cada universidade, colégio e local de trabalho, debemos movilizar-nos em uma marcha unificada que culmine em uma grande Assembléia Operária, Estudantil e Popular pública, frente à CUT, que discuta e decida como a seguimos. Uma Assembléia assim para que não decidam mais pelas nossas costas os Martínez e Gajardos, senão para decidir como impor a luta por uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana baseada na mobilização, para começar a dizer basta ao Chile patronal da direita e da Concertación. Ao mesmo tempo, é necessário lutar por uma CUT classista e combativa, removendo os atuais dirigentes que não estão à altura das lutas que necesitamos dar os tabalhadores.
Por uma marcha unificada!

Por uma Assembléia Pública para decidir como a seguimos!

Educação gratuita para todos, agora. Basta de salarios de fome.

Trabalho estável para todos!

Partido de Trabalhadores Revolucionarios- Classe contra Classe